13 janeiro 23
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Lameirinho promete sono abençoado por mil anjos

É um lençol de cetim, com 1.600 fios, que Paulo Coelho Lima, CEO da Lameirinho, não hesita em qualificar como “o melhor lençol do mundo”. Citando uma frase demolidora constante de uma recensão crítica de uma prestigiada revista internacional da especialidade: “Dormir num lençol destes é como ser beijado por mil anjos”.

O lençol que proporcionará um sono abençoado pelos anjos não é exatamente uma novidade, mas nem por isso deixou de ser uma das atrações mais sexy do stand da Lameirinho na Heimtextil – e também apresentado ao secretário de Estado da e Eonomia Pedro Cilínio (foto).

Novidade mesmo são, por exemplo, os lençóis de linho, com um acabamento que elimina a sua tradicional aspereza, lhe conferem um toque macio, e – mais importante – dispensam a passagem a ferro.

“O domínio do sensorial é fundamental”, afirma Paulo Coelho Lima, assumindo que nas vendas online a Lameirinho não consegue evidenciar ao consumidor todo o esplendor dos seus produtos – porque ele não pode experienciar o toque.

O sensorial não se esgota no toque. A Lameirinho levou a Frankfurt lençóis confecionados com misturas que incluem fibras de laranja, ananás e banana. “É como dar vitamina C ao sono”, garante Paulo.

As três coisas mais importantes que estão na ordem do dia são, em primeiro lugar, a sustentabilidade, em segundo lugar a sustentabilidade e em terceiro lugar a sustentabilidade. E a Lameirinho está a atuar em conformidade apresentando uma coleção onde são dadas novas oportunidades ao lixo – usando fibras recicladas da indústria alimentar e ainda do corte e tecelagem do seu próprio processo produtivo.

Good Earth Cotton é o nome de código de outra das estrelas da coleção – um algodão carbono positivo, que no seu crescimento absorve carbono, em vez de o libertar, e por isso é 60% mais caro.

“Não dá para fazer previsões. Está tudo muito volátil. Há muita instabilidade no ar. É expectável uma redução no consumo. Esperamos que as coisas melhorem ao longo do ano. Neste momento qualquer investimento é arriscado. É por isso que os apoios governamentais são fundamentais”, analisa o CEO da Lameirinho.

O mercado dos Estados Unidos – o maior da empresa, que faz lá 40% das suas vendas – está a atravessar uma fase de transformação que obriga a Lameirinho a ajustar-se à nova realidade. “Os department stores estão a deixar de ser os principais clientes em detrimento de retalhistas com menor dimensão, às vezes até mesmo start ups – a que estamos a adaptar-nos, com um novo modelo de negócios”, conclui Paulo Coelho Lima.

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