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A indústria nacional têxtil, do vestuário e do calçado gerou 15 mil milhões de euros em volume de negócios em 2018, menos 3% que no período homólogo, e representou 11,5% do total de exportações do país em valor. Embora as insolvências tenham aumentado mais de 35% em 2019, o risco de incumprimento do setor é inferior à média de todas as outras atividades económicas.
Estes dados constam do estudo setorial elaborado pela Iberinform, através da sua plataforma online de recolha e análise de informação empresarial Insight View, que apresenta a evolução do risco financeiro e dos determinantes estratégicos das empresas da fileira da moda entre 2018 e 2019.
Constituída por 19.312 empresas, das quais 64% são microempresas com uma média de 10 empregados. A maior percentagem de empresas da fileira inscreve-se no setor do comércio a retalho de vestuário e estabelecimentos especializados (27% do total), com 5.150 empresas que geraram um volume de negócios de mais de 2,4 milhões de euros. Seguem-se a indústria do vestuário que representa 24% do total, mas lidera em volume de negócios com mais de 3,7 milhões de euros, e a indústria do calçado que congrega 2.158 empresas (11,2%) geradoras de um volume de negócios superior a 2,3 milhões de euros. O setor da fabricação de têxteis representa 10,7% do total com 2.078 empresas que são responsáveis por um volume de negócios superior a 3,5 milhões de euros.
Todo o território nacional está coberto por entidades que se dedicam a este setor, mas os distritos do Porto e de Braga são aqueles que apresentam maior número de sedes de empresas, 5.755 (30%) e 5.348 (28%) respetivamente. Por volume de negócios, destacam-se os distritos de Angra do Heroísmo com 7,9 milhões de euros, Braga (mais de 5,5 milhões de euros), Porto (4,6 milhões) e Lisboa (2,4 milhões).
Apesar da maioria das empresas (23%) ter entre dois e cinco anos, a distribuição pelos restantes escalões de antiguidade é bastante proporcional. De notar que 18% das empresas já operam no mercado há mais de 25 anos, o que traduz a maturidade do setor, enquanto 13% foram constituídas há menos de um ano, fator que traduz o seu potencial de crescimento.
Em 2019 houve mais 35% de empresas a entrar em insolvência (730) face a 2018. A atividade com maior número de insolvências diz respeito à confeção de outro vestuário exterior em série. No mesmo período verificou-se um aumento de 3% na constituição de novas empresas (1.390 empresas), dado que indicia algum interesse em investir no setor. O comércio a retalho de vestuário para adultos em estabelecimento especializado foi a atividade que registou o maior número de constituições no ano transato.