26 junho 19
Estudo

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Indústria 4.0 obriga à requalificação do emprego

Um estudo da responsabilidade da CIP e da Nova SBE, intitulado ‘O Futuro do Trabalho em Portugal – O Imperativo da Requalificação: Impacto no Norte’, estima que a região irá perder 421 mil postos de trabalho até 2030, ainda que 227 mil novos postos sejam criados.

Daqui resulta um saldo negativo de 194 mil empregos, que terá impacto principalmente ao nível do setor têxtil, como aliás foi por diversas vezes antecipado pelo setor.

De facto a indústria 4.0 irá permitir a libertação de uma série de funções que neste momento são ainda cumpridas pela mão-de-obra humana e que passarão a sê-lo por máquinas. Isabel Furtado, presidente do conselho de administração da COTEC, dizia recentemente no iTechStyle Summit 19 que “a automação vai tirar emprego repetitivo; se esse trabalho pode ser feito por máquinas, as máquinas que o façam, e a pessoa pode então fazer uma trabalho mais nobre”.

Por outro lado, e num quadro em que os trabalhadores libertados pelo setor têxtil irão tendencialmente enquadrar-se noutras atividades, a produtividade sairá reforçada, tal como vem sucedendo ao longo da última décadas. De facto, desde 2009, a faturação por trabalhador aumentou 50%: passou de pouco mais de 36 mil euros, para quase 55 mil em 2017.

Segundo a estimativa da CIP, entre os trabalhadores da zona Norte, 243 mil precisarão de se requalificar até 2030, o correspondente a 14% da força de trabalho na região. Mas a CIP e a Nova SBE concluíram também que há uma “falta de centralização e coordenação de políticas públicas na área de requalificação”.

“As nossas estimativas indicam que uma melhoria das qualificações de 10% da força de trabalho está associado a um aumento de produtividade entre 4 a 11% por setor de atividade”, acrescenta o estudo.

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