18 setembro 23
Feiras

Bebiana Rocha

Heimtextil 2024 traz uma ‘nova sensibilidade’ aos têxteis-lar

Sob o tema ‘New Sensitivity’, a Heimtextil, maior feira de têxteis-lar que decorre dias 9 a 12 de janeiro em Frankfurt, apresentou esta semana via streaming as principais tendências de cores e materiais para 2024-25. O foco está sobretudo na circularidade e transição da indústria para um futuro mais sustentável.

“A sustentabilidade é um tópico que incorporamos há vários anos, tanto no nosso manifesto como nas apresentações que fazemos durante a feira”, iniciou Olaf Schmidt, vice president textiles & textile technologies da Messe Frankfurt, garantindo que no próximo ano não será exceção.

Em termos de cores, a escolha da organização para a próxima edição centrou-se em tonalidades “que dão emoções e respeitam o meio ambiente”, explicou Ania Bisgaard Gaede, da SPOTT Trends & Business. Cores que podem ser feitas através de pigmentos naturais e que se encontram facilmente na natureza, como por exemplo caquis e amarelos, foram a principal preocupação. Ao todo o booklet é composto por 16 tonalidades, que “variam entre as mais vivas e saturadas e outras mais tranquilas” e fechadas, acrescentou.

Quanto às composições, a organização destaca três categorias: plant based textiles (feitas de banana, bambu, cactus), bio engineered textiles (bactérias, celulose, liocel) e technological textile (feitas com recurso a reciclagem).

Para além da construção de novos fios e tecidos sustentáveis há também que haver a preocupação de dar um “fim de vida sustentável”, alertou Lauren Davies, da FranklinTill. Durante a conferência de apresentação de tendências a responsável falou dos materiais regenerados, da necessidade de reciclar o poliéster e mantê-lo no ‘loop’ o máximo de tempo possível. Abordou também a importância de destacar quem produz as matérias-primas, de forma a “enriquecer as comunidades”.

No centro da conversa esteve ainda a Inteligência Artificial, que é vista como uma ferramenta importante para reduzir a complexidade da informação e das alternativas sustentáveis. Anie comparou mesmo a uma “calculadora, capaz de resolver problemas difíceis” e não vê porque não tirar partido das potencialidades e “guardar na IA a informação que não conseguimos guardar no nosso cérebro”.

A conferência terminou com a ideia de que é preciso uma transformação – deixar de olhar só para o lado estético e ,mais do que isso, é preciso “partilhar conhecimento, procurar respostas em coletivo”, disse Zackes Brustik, Facilitator and Podcast Host.

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