Maria Monteiro
O concelho de Guimarães foi o maior exportador do país no segmento têxtil e do vestuário, com um valor de 957 milhões de euros em 2021, o que representa 21,8% do total da fileira. Seguiram-se os concelhos de Barcelos e de Vila Nova de Famalicão, com 756 milhões e 520 milhões, respetivamente. No conjunto, os três concelhos foram responsáveis por 51,1% do total.
Num quadro marcado por várias crises, o comércio internacional tem sido importante para a criação de riqueza e de emprego no Norte, a região mais aberta e exportadora de Portugal. Segundo dados do INE, os produtos que mais se destacaram nas exportações, na fileira dos têxteis e vestuário do Norte, por ordem de importância, foram as t-shirts, com 13,7%, seguindo-se o vestuário de uso predominantemente feminino, com 13,7% e as camisolas e pullovers, com 11,8%.
A confeção de não vestuário também está bem representada na fileira, uma vez que as exportações de roupa de cama foram em 2021, 8,3% do total. Dentro do segmento dos têxteis propriamente ditos, os produtos exportados de maior valor foram os tecidos impregnados, revestidos, recobertos, estratificados e têxteis para usos técnicos, com 5,6% e o algodão com 4,1%. Dada a componente de inovação que lhe está associada, importa referir as exportações de fibras sintéticas ou artificiais descontínuas, com 2,8%.
Relativamente aos destinos, a Espanha, a França e a Alemanha foram os três principais mercados de exportação da fileira dos têxteis e vestuário, totalizando 50,1% do total em 2021.
Sendo o Norte a região portuguesa com o menor PIB por habitante, as tendências de crescimento das exportações de bens têm vindo a apresentar uma importante capacidade de resiliência face às diferentes recessões que atingiram a região na última década, sendo repetidamente o motor de recuperação da atividade económica.