17 abril 19
Messe Frankfurt

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Futuro é sustentabilidade, diz Cristina Motta

O contributo do CITEVE e da Associação Seletiva Moda para a difusão da moda sustentável como o compromisso mais eficaz entre negócio e responsabilidade social e ambiental, foi um dos focos da entrevista realizada pela TSF a Cristina Terra da Motta, representante da Messe Frankfurt.

A importância da sustentabilidade e da circularidade dos têxteis e da moda fica bem patente na existência do projeto das Nações Unidas Aliança para a Moda Sustentada, recordou Cristina Terra da Motta, para enfatizar que o setor é globalmente responsável por negócios “de 2,4 triliões de dólares, emprega 75 milhões de pessoas, sobretudo mulheres, produz 20% do desperdício de água e 8 a 10% das emissões de CO2 e quase não há reutilização – perdem-se 500 mil milhões de dólares com o não aproveitamento da produção”.

É neste quadro de urgência que se torna tão importante, disse a responsável da Messe Frankfurt, que o CITEVE e a Seletiva Moda se tenham preocupado em levar a várias feiras internacionais os projetos Green Circle (foto), onde estão reunidos alguns dos exemplos mais interessantes de soluções sustentáveis, que, através da investigação, aliam aquilo que parecia inconciliável: negócio e preocupações ambientais e sociais.

São exemplos “que mostravam como empresas trabalhando na investigação conseguiam desenvolver produtos com determinadas caraterísticas que vão ao encontro da sustentabilidade”, disse Cristina Terra da Motta, para recordar que esta preocupação é cada vez mais um instrumento de diferenciação empresarial.

“Já temos feiras em que ninguém pode expor sem passar por um crivo com uma série de critérios de sustentabilidade: quem visita estas feiras sabe que, à partida, as empresas que ali estiverem oferecem algumas garantias”, disse ainda. Mas, para Cristina Terra da Motta, é preciso “promover a colaboração: as empresas sozinhas não podem fazer nada; por isso é tão importante a partilha de conhecimento e a consciencialização de todos os agentes”, até porque “nota-se claramente uma rápida viragem para o tema da sustentabilidade”.

E o tema não é fácil. “A questão da sustentabilidade é muito difícil: se calhar, um poliéster, que gasta muito pouca água para ser produzido, é muito mais sustentável que o algodão orgânico, que gasta enormes quantidades de água para ser produzido. É um debate muito importante, a que a Messe Frankfurt não se alheia, disse Cristina Terra da Motta à TSF.

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