Jorge Fiel
Uma luva anticorte fabricada com o recurso a fios técnicos desenvolvidos pela Fitexar e destinada a complementar roupa de proteção para profissionais que trabalhem com rebarbadoras (por exemplo), é um dos produtos em destaque e que suscita curiosidade no stand de fiação de Barcelos na Techtextil.
“Trouxemos a Frankfurt uma gama alargada de fios técnicos, resultantes de soluções ecológicas, para serem utilizados na confeção de vestuário de trabalho e proteção”, afirma António Falcão (filho), gestor da Fitexar.
Um fio bio-based, produzido a partir de uma fibra de óleo de castor, encabeça o catálogo que e Fitexar tem em exibição na Messe de Frankfurt e onde constam também fios PLA (feitos a partir de milho) e fios recobertos com elastano, que conferem elasticidade aos tecidos e tanto podem ser usados na moda como no vestuário de proteção.
“O fio anticorte usado na confeção da luva protetora resulta de uma mistura de poliesters, fibra de vidro, elastano e HPPF, uma fibra com propriedades anticorte”, detalha Falcão, acrescentando que ideia que a Fitexar trouxe à Techtextil foi provar que os fios podem ser, simultaneamente, técnicos e sustentáveis.
O ano de 2021 não ano especialmente venturoso para a empresa, pois começou muito mal, com um agravamento dramático de pandemia. “No início do ano passado, acusámos uma grande queda nas encomendas. Este ano, pelo contrário, está a começar muito bem, com subidas constantes e as vendas a crescerem 15% a 20% relativamente ao mês homólogo de 2021”, conta o gestor da Fitexar.
A fiação de Barcelos não esconde, porém os espinhos da conjuntura atual que afetam a sua atividade, como, por exemplo, os violentos aumentos dos custos energéticos e os atrasos na entrega das matérias-primas.
Apesar desta turbulência, a Fitexar não parou de investir, tendo já este ano adquirido novas máquinas de recobrimento por jet air, que não só aumentam a capacidade produtiva como, ainda por cima, garantem uma maior rapidez e eficiência no processo e melhoram a qualidade do produto final.