Maria Monteiro
Através da subsidiária Fesap, a portuguesa Felpinter comprou o negócio moçambicano de algodão da britânica Plexus Cotton, que operava na província de Cabo Delgado. A Felpinter, “tem sido um cliente de longa data da Plexus Cotton e da Plexus Moçambique” salientou em comunicado Nick Earlam, presidente da Plexus.
Segundo a Lusa, a Plexus parou a atividade em 2022 e deixou em dificuldades 80 mil pequenos produtores de algodão que lhe entregavam a matéria-prima. “Após um complexo processo, foi concluída no dia 17 de maio uma venda total”, lê-se no documento da firma britânica, que exprime “confiança” na Fesap para conduzir as operações. “Estou feliz por podermos anunciar a venda”, disse num comunicado Nick Earlam.
Como parte da transação, a Plexus Cotton concordou em que a Plexus Moçambique pode continuar a usar o nome e marca registada Plexus durante um curto período, a partir do qual o negócio irá passar a ter uma nova identidade corporativa. O negócio de algodão da Plexus Moçambique é o maior na província de Cabo Delgado, região que desde há anos tem sofrido ataques de um grupo insurgente muçulmano radical.
A atividade gera rendimentos para atender às necessidades básicas de aproximadamente 500 mil pessoas. Na região, a Plexus tem duas instalações de processamento capazes de processar mais de 45 mil toneladas de algodão-semente todos os anos.
A Felpinter é uma empresa têxtil vertical com mais de 30 anos de experiência no design e produção de têxteis-lar, que através da subsidiária Fesap “tem estado ativa na produção de algodão em Moçambique há vários anos”. “Há oportunidades significativas para uma abordagem integrada do campo ao produto no mercado atual e estamos confiantes que a Fesap e a Felpinter vão ser capazes de mudar materialmente as perspetivas da Plexus Moçambique enquanto entidade produtora”, afirmou Nick Earlam.