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As exportações de têxteis voltaram ao ritmo de crescimento, tendo registado em Outubro uma evolução homóloga mensal de 1,6%. Depois de Agosto ter arrastado o comparativo anual para terreno negativo, os números de Setembro e de Outubro colocam as exportações no caminho da recuperação. No conjunto, é nos países fora da Europa que as vendas mais crescem em Outubro (4,5%), com destaque para os EUA, que é o destino que regista maior acréscimo (7,7%)
Depois de tratar os dados esta terça-feira divulgados pelo INE, a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal assinala que “o mês de Outubro registou uma evolução homóloga mensal de 1,6% nas exportações de têxteis e vestuário, depois de em Setembro ter sido de 1,1%”. Com estes dois meses positivos, a ATP regista “uma recuperação das exportações do setor, embora o valor acumulado até Outubro ainda registe uma evolução negativa de 0,7% face ao período homólogo de 2018”, refere a nota assinada pelo presidente Mário Jorge Machado.
Assim, prossegue o comunicado, “nos primeiros 10 meses de 2019 as exportações de têxteis e vestuário atingiram o valor de 4.448 milhões de euros”. Por subsectores, “o vestuário e acessórios em tecido foi a categoria de produtos com maior crescimento absoluto (+26 milhões, correspondendo a +3,2%), seguido de pastas, feltros e artigos de cordoaria com um acréscimo de cerca de 20 milhões de euros (+9,4%), em termos homólogos”.
Em sentido inverso, “o vestuário e acessórios de malha foi a categoria de produtos que maior queda registou em termos absolutos e homólogos (-41 milhões de euros, equivalente a -2,2%), seguida da categoria de outros artigos têxteis confecionados, onde estão incluídos os têxteis para o lar (com uma queda de -12 milhões de euros, equivalente a -2,1%)”.
Por destinos, as exportações de têxteis e vestuário aumentaram 4,5% para os países extracomunitários, com os EUA a liderarem o ranking dos países com maior aumento absoluto (20 milhões de euros e 7,7%). Dentro da Europa comunitária, França regista a melhor performance (cresce 15 milhões de euros e 2,7%), logo seguida pelos Países Baixos (9 milhões e 4,9%).
Em sentido contrário, Espanha continua a ser o destino que regista maior queda (menos 65 milhões de euros, -4,5%), seguido da Alemanha (menos 15 milhões de euros, -4%) e Reino Unido (menos 5 milhões e -1,5%).