18 maio 20
Empresas

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CITEVE já recebeu mais de cinco mil amostras de máscaras

Uma corrida louca pela aprovação de máscaras por parte das empresas portuguesas que entupiu os laboratórios do CITEVE. A descrição é do jornal Público, que adianta que países como a França já vieram pedir ajuda a Portugal nesta matéria.

Com as máscaras como tema da manchete deste domingo, o jornal cita os últimos números de uma lista que o CITEVE tem em permanente actualização e notam ainda que existem já outros dois organismos que estão a fazer testes: O Centro Tecnológico do Calçado e o ISQ, que tal como o T já tinha noticiado “passou a disponibilizar aos fabricantes os ensaios necessários para a qualificação de máscaras de uso comunitário”.

De 1 de Abril a 15 de Maio, 883 empresas entregaram 5148 amostras, a maioria máscaras, mas 4500 dessas amostras entraram nos últimos 30 dias, ou seja, depois da publicação dos requisitos para máscaras. Até sexta, foram emitidos 3105 relatórios e 768 produtos foram aprovados, elenca o Público para dar conta da dinâmica que se instalou.

“O mercado arrancou completamente descontrolado e isso demonstra a criatividade das pessoas perante a necessidade de fazer dinheiro”, descreve o CEO da Riopele José Alexandre Oliveira, enquanto o director geral do CITEVE, Braz Costa, dá conta que “o que aconteceu nos últimos 30 dias foi extraordinário. Tínhamos uma média de 50 amostras por dia, nas primeiras duas semanas e meia, e depois da publicação das normas esse número disparou para 250”.

Perante queixas e críticas de algumas empresas que esperavam uma rápida certificação dos produtos e acabaram por esbarrar no autêntico engarrafamento da aprovação, Braz Costa reconhece que tem ouvido “críticas justas, outras injustas e algumas loucas”, mas reconhece que este tem sido um processo de aprendizagem para toda a ITV e que a situação melhorou bastante e que na última semana a taxa e aprovação já foi de 33%.

Mas se há quem se queixe da demora e das exigências, há também quem aponte em sentido contrário. Luís Guimarães, dono do grupo Polopique diz que a ITV foi tomada pela “pandemia das máscaras” e que o CITEVE “tem parte culpa nisso tudo, porque deveria seleccionar com critério”. Agora, acrescenta, “queremos confecções para trabalhar o produto normal e não as encontramos porque estão todas a fazer máscaras”.

 

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