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O processo de usar resíduos da indústria de curtumes para produzir revestimentos têxteis para a indústria automóvel deu a um consórcio 100% português, constituído por CITEVE, ERT, CeNTI e CTIC, um prémio de inovação da Techtextil, feira que abriu hoje, dia 21 de junho, as portas na Messe de Frankfurt e é a montra onde o último grito da tecnologia para a têxtil é apresentado.
O prémio, na categoria de New Approaches on Sustainability e Circular Economy, distingue este processo que dá origem a uma nova geração de revestimentos têxteis e uma nova vida aos desperdícios de couro natural da indústria de curtumes. Na foto, Michael Janecke (Messe Frankfurt), David Macario (ERT), Augusta Silva (CITEVE) e Heike Illing-Gunther (júri), no ato de entrega do galardão.
“Os investigadores do CITEVE e os seus parceiros da ERT. CeNTI e CTIC, conseguiram arranjar uma solução inovadora para a enorme quantidade de resíduos gerados nas operações industriais de corte de couro. Um júri internacional de especialistas reconhece neste desenvolvimento científico uma feliz e inovadora simbiose nas áreas da sustentabilidade e economia circular” afirma, em comunicado, a organização da Techtextil.
Desenvolvido no âmbito do Texboost, iniciativa mobilizadora do têxtil e vestuário nacionais, o processo premiado tem como parceiro tomador da solução a ERT Têxtil Portugal, que lançou já uma marca – Phoenix – para explorar comercialmente o novo produto resultante desta inovação tecnológica.
“Ao abrir caminho para que os subprodutos de um setor industrial possam ser usados como matéria-prima noutro setor, o trabalho dos investigadores do consórcio liderado pelo CITEVE insere-se na tendência para uma indústria têxtil amiga do ambiente, sustentável e dotada de uma maior eficiência”, explica o júri dos prémios Techtextil, considerados como uma espécie de Óscares para a inovação e tecnologia têxtil.