Bebiana Rocha
Integrado no projeto EcoBioInks4SmartTextiles, o CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnico, Funcionais e Inteligentes e o CEB – Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho, desenvolveram bio-tintas sustentáveis que prometem revolucionar o fabrico de têxteis com propriedades inteligentes, seja vestuário ou decoração. As novas tintas são feitas a partir da purificação de biomoléculas e mudam de cor em função da luz.
“Esta descoberta tira partido das propriedades óticas de proteínas fluorescentes reversivelmente comutáveis (RSFPs) que permitem dotar os têxteis de propriedades fluorescentes foto controláveis”, explica o CeNTI na página de apresentação do projeto. Para chegar até esta solução recorreu-se à bio e nanotecnologia.
A inovação está relacionada com o facto destas tintas serem compostas por materiais naturais, “nomeadamente biomoléculas produzidas em microrganismos, em contraste com os materiais tradicionais de base sintética derivados de petróleo”.
A Universidade do Minho foi responsável pela produção de biotecnologia e purificação dos biomateriais fluorescentes, já ao CeNTI coube a elaboração de testes de encapsulação para produção das tintas sustentáveis, aplicação nos têxteis e testagem.
O projeto que teve inicio em 2018 encontra-se neste momento em fase de patenteamento. Devido às suas propriedades únicas, difíceis de copiar e colunar, as bio-tintas podem ser usadas como marcadores de anti contrafação. Veja o vídeo de divulgação aqui.