T
A Caima, produtora de fibras celulósicas para a indústria têxtil, vai investir 40 milhões de euros na construção de uma caldeira de biomassa, que vai permitir abandonar os combustíveis fósseis em todo o seu processo de produção. É a concretização do projecto Caima Go Green que deverá ficar concluído até ao final de 2024.
Em comunicado, citado pela Lusa, a biorefinaria precisa que com este investimento pretende “garantir uma total autonomia energética de fontes exclusivamente renováveis, tornando-se desta forma na primeira empresa ibérica do seu sector a atingir este marco histórico”.
O investimento de 40 milhões de euros necessário para esta nova central, vai não só permitir à Caima ser a primeira fábrica de fibras celulósicas na Península Ibérica e uma das primeiras na Europa a funcionar sem recurso a combustíveis fósseis, como também o reforço da produção de fibras celulósicas e de novos projetos de inovação.
Recorde-se que, em conjunto com o CeNTI e o CITEVE, a empresa tem em desenvolvimento o projeto “Fiber4Fiber”, que visa investigar e definir o melhor set-up operacional na adaptação da pasta solúvel da Caima para produzir fibras de viscose e lyocell com o máximo padrão de qualidade permitido pela matéria-prima usada pela empresa.
Outo objetivo é o de criar marcadores químicos que permitam aos clientes da empresa demonstrar a origem e sustentabilidade dos seus produtos baseados em pasta solúvel e criar funcionalidades em fibras celulósicas só existentes atualmente em fibras sintéticas.