06 maio 21
Indústria

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Bruxelas: têxtil é estratégico para relançar indústria da União

A Comissão Europeia identificou o têxtil e a moda como um dos setores estratégicos para enfrentar a recuperação pós-crise Covid-19 e, nesse quadro, para fazer parte de um pacote de 14 ecossistemas económicos onde se concentrarão os financiamentos necessários ao relançamento da base da indústria da União.

Relevância económica e tecnológica, capacidade para promover a descarbonização industrial e o nível de resiliência demonstrado ao longo da pandemia, foram os fatores que determinaram as escolhas da Comissão. Os 14 sectores identificados representam aproximadamente 70% da economia europeia e 80% das empresas – e são, para além dos têxteis, o comércio, defesa e sector aeroespacial, agroalimentar; construção, indústrias culturais e criativas, digital, eletrónico, indústrias de energia intensiva, energias renováveis, saúde, mobilidade, automóvel e transportes, segurança, economia social e turismo.

A associação europeia Euratex já aplaudiu o plano, mas exige “consistências” para a sua implementação. O documento elaborado pela Comissão Europeia afirma que o setor têxtil na Europa é composto por cerca de 267 mil operadores, dos quais 99,5% são PME, e emprega quatro milhões de pessoas. A indústria contribui também com 0,7% do valor acrescentado total da União.

A crise pandémica afetou fortemente o setor: no ano passado, o volume de negócios do comércio têxteis, vestuário, calçados e artigos de couro caiu 24,4%, ao mesmo tempo que a faturação da indústria têxtil diminuiu 9,3% e a de vestuário 17,7%.

Ainda no que se refere aos têxteis em particular, a Comissão Europeia vai adotar este ano uma estratégia global para fortalecer a inovação industrial e impulsionar o setor de tecidos sustentáveis e circulares. Além disso, Bruxelas também pretende promover novos modelos de negócios que abrangerão todos os elos da cadeia de valor.

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