14 abril 23
Empresas

Ana Rodrigues

Bordal quer aumentar exposição da marca própria

A Bordal, única fabricante de bodados da Madeira, continua a sua aposta na marca própria e prevê lançar a linha de senhora no próximo mês. Esse lançamento será seguido de novas coleções para a mesa, cama e bebé até ao final de 2023, com apresentação nacional, mas também internacional.

O objetivo da empresa é “colocar a marca Bordal no mapa”, diz Susana Vacas, Managing Partner da Bordal em artigo do jornal Dinheiro Vivo. A empresa portuguesa tem-se reinventado, mas mantém a antiga fábrica e os mesmos processos rígidos de controlo e qualidade do trabalho artesanal ensinado de geração em geração: Um desafio intenso, no que diz respeito ao desenvolvimento das suas peças, uma vez que “é um processo complicado, tem várias fases, o esboço e o picote são feitos à mão”.

Com um investimento feito ao longo de dez anos em feiras do sector, nomeadamente nas cidades de Florença, Paris e Nova Iorque, os produtos da Bordal estão presentes por todo o mundo, em especial em França, Inglaterra, Itália, Suíça, Estados Unidos e, mais recentemente, Emirados Árabes Unidos.

A entrada nos Emirados “permitiu estabelecer relações com uma princesa árabe que encomenda frequentemente peças bordadas a ouro, mas a ideia não é procurar novos mercados de exportação”, explicou a Managing Partner, ainda que não esconda que pretende divulgar a empresa através de pequenas coleções com assinatura Bordal.

Fundada em 1962 no Funchal, a Bordal funciona como fábrica, loja física e online, contando com 20 colaboradores nas respetivas estruturas internas, 20 costureiras externas e 400 bordadeiras dispersas pela Ilha da Madeira, que asseguram o trabalho manual.

Aquela que é a única fabricante desta arte, já colaborou com a Chanel, em 2015, na criação de peças intemporais com ponto do Bordado da Madeira em cerca de 40 mil desenhos. Em 2017, fez parte de um filme-documentário da realizadora britânica Brenda Miller. Em 2022, a faturação foi de 800 mil euros, dos quais 335 mil entre Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. Susana Vacas acredita que o ano de 2023 superará o anterior, uma vez que os primeiros três meses foram superiores ao ano homólogo, registando também um aumento das exportações.

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