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Alguns dos maiores construtores mundiais de automóveis, entre os quais se contam BMW e Hyundai, estão na fase final dos testes para a utilização nos estofos e tetos de um tecido fabricado pela Riopele, composto por uma mistura de Cork-a-tex e Tenowa – acrónimo de Textil No Waste, a marca da Riopele para produtos reciclados.
Como o próprio nome indica, a Tenowa são tecidos, fios e fibras cuja produção resulta da reciclagem de desperdício gerado pelo processo convencional de fabrico da indústria têxtil.
A indústria automóvel não é o único sector que se está a render às qualidades do Cork-a-tex, um fio produzido tendo como base os desperdícios da indústria corticeira. Grandes marcas mundiais de calçado desportivo já testaram e aprovaram o Cork-a-tex como matéria-prima, apenas faltando agora a decisão final. “Estamos convencidos que as sapatilhas com fio de cortiça serão lançadas no decorrer deste ano”, afirma Xavier Leite, CEO da Têxteis Penedo, a empresa que, em parceria 50/50 com a Sedacor, detém a patente e a fábrica que produz o fio.
Para fazer face ao explodir da procura de Cork-a-tex pelas indústrias automóvel e de calçado desportivo, está a investir meio milhão de euros numa nova máquina que está a ser construída numa metalomecânica portuguesa e que duplicará a sua capacidade produtiva.