Maria Monteiro
Foi no âmbito do projeto be@t, que ocorreu uma mesa redonda sobre a inovação da indústria têxtil, onde foram partilhados alguns insights sobre como algumas empresas estão a impulsionar a mudança. O mote do evento foi dar a conhecer aos designers as possibilidades de trabalhar em conjunto com outros departamentos.
“Dar a conhecer o que a indústria pode partilhar, ou seja aproximar de alguma forma os dois mundos, de quem trabalha na parte de marca, design e procura materiais, que tipo de soluções é que consegue encontrar nomeadamente em Portugal”, explicou ao T Jornal, Ana Silva Tavares, CEO da RDD Textiles.
Segundo o testemunho de Ana Silva Tavares, esta responsável partilhou durante o encontro o método de trabalho da RDD Textiles, que é muito na base do desenvolvimento para implementação de skill up de novas tecnologias, aplicadas ao têxtil desde a fibra até ao tingimento, acabamento, utilização de pigmentos para estamparia, entre outros.
“Nós tínhamos diferentes intervenientes, por um lado tínhamos a Riopele, e a Louropele que é produtora de botões, e o que se percebe é que esta parte da inovação e do desenvolvimento sustentável, o desenvolvimento alternativo ao convencional está presente em todos os segmentos do sector e que é possível apresentarmos em conjunto soluções de produtos final alternativas aquilo que nós conhecemos ao dia de hoje, trabalhados em conjunto”.
Questionada de quais são os passos seguintes a dar, a CEO da RDD Textiles revelou “procura e desenvolvimento constante de novos materiais, no âmbito do projeto be@t, isto é, materiais que sejam focados na natureza, bio-materiais. As inovações que também foram apresentadas durante o painel por parte de todas as empresas, foram todas nesse sentido, ou seja, na utilização de recursos naturais para a obtenção de materiais que possam ser utilizados no setor têxtil”.