09 maio 24
Sustentabilidade

Bebiana Rocha

APCER promoveu debate sobre ferramentas rumo à sustentabilidade

O Centro de Estudos Camilianos em Famalicão recebeu no passado dia 7 de maio a conferência ‘Indústria Têxtil – Tecendo um Futuro Sustentável’, organizada pela APCER em parceria com a ATP. A primeira parte foi focada na estratégia da UE em prol da sustentabilidade e circularidade dos têxteis, apresentada por Filipa Marques.

A diretora de sustentabilidade e comunicação da ATP disse ao T Jornal que “temos todos de assumir o firme compromisso de alcançar as metas ambiciosas da UE para uma indústria têxtil mais sustentável e ética, pois só assim garantiremos o futuro das gerações seguintes, no negócio e na vida”.

Seguiu-se a apresentação de um conjunto de ferramentas e instrumentos de gestão que apoiam as empresas na resposta às exigências legais. “Pedro Fernandes, climate change business developer da APCER, focou-se na dimensão ambiental, abordando temas como relatórios e relatos de sustentabilidade, pegada de carbono e hídrica, ecodesign e determinação da percentagem de reciclado/reciclável de produtos”, resume ao T Jornal a Associação Portuguesa de Certificação.

Como oradora esteve ainda Susana Pacheco, supply chain product manager da APCER, que se focou sobre a dimensão social, “nomeadamente como controlar e avaliar os fornecedores”. Por fim, Filipa Miranda, certification technical manager também da APCER, abordou duas normas específicas para o sector têxtil, do GOTS e Textile Exchange.

Do evento fez ainda parte Joana Faria, secretária executiva da FSC Portugal, abordando a importância da utilização de fibras têxteis sustentáveis provenientes de florestas com gestão responsável. E as empresas Fafedry, Riopele e TMG, que falaram sobre a forma como estão a abordar a temática da sustentabilidade, desde a seleção da matéria-prima, passando pela produção, até à comercialização dos produtos.

“Quais os principais desafios enfrentados na implementação de práticas sustentáveis na cadeia de fornecimento e como os têm superado, que medidas especificas adotaram para reduzir o desperdício de recursos e como gerem as questões da transparência e rastreabilidade na cadeia de fornecimento” foram outros dos tópicos explorados.

“O que de facto queremos com a sustentabilidade?”, questionou Nuno Lima, diretor de sustentabilidade da TMG Automotive na sessão. “Esta é uma resposta que cada empresa tem de dar. Como vimos hoje, somos inundados por legislações, por sistemas de certificação, e então queremos que a sustentabilidade seja algo de compliance. Ou queremos que a sustentabilidade crie valor para o negócio. Esta é uma decisão muito importante que as empresas devem tomar”, explicou.

Em nota conclusiva, a APCER mostra-se “convicta de que iniciativas como esta são fundamentais para a partilha de experiências e de conhecimento, contribuindo de forma significativa para o sucesso das organizações na sua jornada da sustentabilidade”.

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