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O corner da Amalia Home Collection no Bloomingdale’s Manhattan – a flagship store da cadeia, localizada na rua 59 – é a face mais visível da ofensiva que a ACL Impex está a desenvolver pacientemente para expandir a sua presença no sexy mercado norte-americano de têxteis lar.
Liderada por António Coelho Lima (neto do fundador da Coelima), a ACL criou uma associada nos Estados Unidos, a Chelsea Trading Import & Co baseada no Meatpacking District, em Nova Iorque, que tem um armazém em Long Island.
Este armazém, apetrechado com um stock avaliado em 400 mil euros, é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento da loja online (shopus.amaliahomecollection.com) que a ACL abriu nos Estados Unidos, estabelecendo assim uma relação directa com o consumidor final.
Dirigida no terreno há mais de dois anos por Sara Lima (filha de António), a Chelsea Trading Import começou fornecer retalhistas locais em regime de private label, antes de reforçar a aposta, subindo na cadeia de valor, ao lançar nos Estados Unidos a marca Amalia.
A ACL fornece uma linha exclusiva da marca Amalia (que era como se chamava uma das avós de António) para a Bloomingdale’s e tem uma presença bastante ativa no e.commerce. “Ser muito persistente e nunca desistir é o segredo para triunfar num mercado tão competitivo como o norte-americano”, explica Sara Lima.
Roupa de cama de algodão, linho, com estampados ou jacquard, de alta qualidade, dirigida ao segmento alto do mercado e com temas (mar, azulejos…) impregnados de portugalidade, a marca Amalia debutou nos Estados Unidos mas também vai ser usada na ofensiva da ACL no mercado chinês.
A estratégia da empresa não passa pela construção de uma marca global, devido aos vultuosos investimentos que isso acarretaria. No mercado inglês, por exemplo, a ACL aposta noutra marca própria: The Ambassy Collection.
Combinar inovação e modernidade com tradição é o cartão de visita da ACL, que reivindica a experiência acumulada nos têxteis lar por quatro gerações da família Coelho Lima.
“O Made in Portugal é, a nível internacional, um símbolo de alta qualidade, em termos de produto e serviço”, afirma António Coelho Lima, que na última Heimtextil disse ao ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que o nosso pais devia defender junto da UE que seja tornada obrigatória (e não apenas facultativa como é agora) a menção ao país de origem na etiqueta dos produtos.