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Os empresários querem o regresso do programa Apoiar como medida de suporte dos riscos de tesouraria que estão a impactar sobre diversas empresas devido ao absentismo resultante do grande aumento de contágios causado pela Ómicron.
Apesar de menos severa, a nova variante da Covid-19 tem uma progressão por contágio muito superior às versões anteriores – e se os perigos ao nível da saúde parecem ser menores, a verdade é que a imposição das regras de confinamento aos infetados ou familiares diretos de infetados está a levar o absentismo a níveis que ninguém antecipou, com claros danos económicos para o país e as empresas.
Perante o risco de interrupções em alguns sectores e com empresas já a encerrar temporariamente a sua atividade, as associações patronais pedem que sejam revistas algumas normas referentes à obrigatoriedade e duração do isolamento profilático. E reclamam ao novo executivo, refere a última edição do Jornal Económico, o regresso do programa Apoiar como medida de apoio de tesouraria para minimizar perdas devido ao absentismo.
António Saraiva, presidente da CIP e João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), convergiram no pedido do regresso do programa, que anteriormente se revelou de algum modo eficaz em termos de suporte às tesourarias das empresas.
Mais genericamente, os líderes associativos querem também uma revisão dos critérios de confinamento, dado que o absentismo está a ter forte impacto tanto ao nível das empresas como do consumo em geral – com claros efeitos negativos já detetáveis na economia.