MIDAS
Fashion Forward

Luís Buchinho

A Semana de Alta Costura revelou propostas e silhuetas extravagantes, tecidos preciosos e um nível altíssimo de execução manual pontuaram todas as coleções, tendo os ateliers redobrado os seus esforços na execução técnica das coleções.

Com uma exuberância digna da corte de Maria Antonieta (e estando Paris na altura destas apresentações em vésperas de motins), a semana de Alta Costura revelou propostas bem à altura daquela que é considerada por excelência a capital da Moda mundial.

Propostas e silhuetas extravagantes, tecidos preciosos e um nível altíssimo de execução manual pontuaram todas as coleções, tendo os ateliers redobrado os seus esforços na execução técnica das coleções. Numa altura em que se fala da industrialização artificial do vestuário, eis a contradição total a esta expectativa (embora alguns coordenados se assemelhem a ideias geradas artificialmente), numa profusão de artesanato versus tecnologia, unindo novas ideias e metodologias com técnicas ancestrais.

Exeburante
Digna da corte de Maria Antonieta

Um dos pontos mais comuns das coleções apresentadas-não fosse este um “clássico” favorito dos franceses, herdado da monarquia e transitado para a alta burguesia-foi o retorno triunfal do ouro.

Este metal pontuou muitas das propostas, em bordados ornamentais, cristais SWAROVSKI , lamé, lantejoulas bordadas e brocados luxuosos. Num exercício de elegância e precisão, a sua mistura com uma paleta de neutros-preto, branco, marfim e cinzas aumenta o grau de sofisticação de cada coordenado, bem como o seu valor intemporal.

Uma tendência que parece querer elevar o sonho, em tempos tão conturbados.

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