29 junho 20
Indústria

T

Produção de máscaras está a cumprir o seu papel

O fabrico de máscaras e outros equipamentos de proteção contra a Covid-19 foi um balão de oxigénio para as empresas têxteis, mas, como o próprio setor indicou desde o primeiro momento, não seria nunca a sua salvação. Como o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) disse desde o primeiro momento, a produção de máscaras e de outros equipamentos de  proteção individual seria, quando muito, uma forma de manter alguma produção e de diminuir a necessidade de as empresas recorrerem ao lay-off.

“Neste momento, o que importa tornar evidente são as caraterísticas que identificam as melhores máscaras”, disse ao T Jornal Mário Jorge Machado, presidente da ATP. “É importante que os portugueses, que como é evidente deixaram de comprar tantas máscaras, percebam a importância de comprar o que é produzido em Portugal e cumprindo as normas ambientais.

Para aquele responsável, é também importante que as pessoas cumpram as regras das máscaras que adquirem. Ou seja, é possível que um dos motivos para que a compra de máscaras tenha caído, seja o não cumprimento do número de horas de vida útil de cada um destes artefactos.

Com o mercado nacional saturado e as exportações cheias de burocracias para a certificação, as encomendas caíram a pique e Portugal já está longe do milhão de máscaras diárias que estava a produzir no início de maio.

A ATP está também na linha da frente em termos de encontrar uma solução para a certificação imposta pelas exportações. No quadro da União e do Euratex estão “em cima da mesa duas propostas: haver um consenso entre todos em termos de normas a adotar pela produção ou fazer-se uma diretiva que determine as regras para todos, mas esta hipótese será sempre mais demorada”, disse Mário Jorge Machado ao T Jornal.

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