02 novembro 20
Empresas

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Presidente da ATP alerta para nova quebra dos negócios

O presidente da ATP, Mário Jorge Machado, receia a repetição do ambiente de crise a que o setor têxtil esteve exposto nos meses de março e abril, e diz estar em contacto com o Governo para negociar as necessárias medidas de apoio às empresas. Os confinamentos que se estão a verificar em vários países, mesmo que parciais, vão resultar num novo abrandamento da economia.

Em declarações ao Jornal de Notícias, Mário Jorge Machado refere que, depois de um mês de setembro que correu melhor que o que estava previsto, o mês de outubro foi novamente de quebra dos negócios e das encomendas – o que implica que a retoma que chegou a desenhar-se acabou por não se confirmar.

Neste quadro, disse, a associação está em contacto permanente com o Ministério da Economia, para negociar novas medidas de apoio às empresas, que lhe permitam ultrapassar mais esta fase negativa para o setor. Até porque, perante as evidências que se avolumam em relação à possibilidade de uma quadra natalícia vivida sob fortes medidas restritivas, os meses de novembro e dezembro serão com certeza difíceis de ultrapassar.

Sendo o vestuário um dos itens que tradicionalmente surgem no topo das escolhas do consumidor na quadra natalícia, o setor prepara-se para mais dois meses de maus negócios. Em declarações ao T Jornal há alguns dias, Mário Jorge Machado dizia que o Governo teve pressa demais em acabar com o lay-off simplificado – e que a falta deste instrumento, essencial durante os piores dias do confinamento, acabaria por revelar-se má para o setor industrial.

Para o presidente da ATP, o Governo tem que encontrar medidas compensatórias, que permitam às empresas ultrapassarem as dificuldades que claramente se avizinham no horizonte – e que poderão manter as economias (não só a portuguesa, como as dos seus principais mercados de exportação) em estagnação, talvez até ao final do primeiro semestre de 2021.

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