18 Abril 2018
Têxteis Técnicos

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Negócios faz a radiografia da ERT Têxteis

“ERT Têxtil: a inovação para chegar ao futuro” é o título que o Jornal de Negócios dá ao trabalho publicado na edição desta terça-feira sobre a multinacional portuguesa sediada em S. João da Madeira.

Este diário económico sublinha que o grupo, com um volume de negócios superior a 100 milhões de euros e com 700 colaboradores, que dispõe de fábricas em São João da Madeira, República Checa, Roménia, Espanha e, proximamente, em Marrocos e México, nasceu há 25 anos para produzir têxteis técnicos e foi fundado por João Brandão, aos 24 anos.

Brandão começou por fazer os revestimentos têxteis para a indústria de calçado que o pai, industrial de calçado, subcontratava. Começou com 7 empregados, uma pequena máquina para produzir forros para a indústria de calçado, que tem um dos seus principais núcleos industriais em São João da Madeira.

De acordo com o Negócios, trabalhava com tecnologia de colagem e termo-modelagem de materiais e com a sua evolução “espreitou uma oportunidade em 2000 fruto da instalação da Faurecia, uma multinacional de produção de componentes para automóveis, e resultado das políticas públicas implementadas com a instalação da Auto-Europa”, disse Fernando Merino, director de inovação da ERT Têxtil.

Este jornal lembra ainda que a ERT criou um centro de inovação criativa, que faz a estratégia de marketing de inovação. A equipa de I&D foi incubada no centro de inovação criativa que está instalado fora da empresa. O líder da empresa, João Brandão, refere sempre que quer o responsável da inovação fora do grupo para não ser contaminado pelos problemas do dia-a-dia, porque se transformaria numa inovação incremental e muito focada no processo..

Ainda de acordo com o Negócios, nesta indústria é importante ter um foco nos próximos cinco a dez anos. Na indústria automóvel não se está preocupado, ao contrário da indústria têxtil tradicional, com a estação seguinte. Como explica Fernando Merino, em 2017, depois de dois anos de trabalho, com um cliente que fornece a BMW, ganharam um projecto para o BMW serie 8 que vai entrar em produção até 2025. Faz inovação em colaboração com a Universidade do Minho, do Porto, com os centros tecnológicos. “Não temos uma equipa de I&D robusta porque articulamos muito com parcerias e a nossa política de inovação tem assentado muito em alianças estratégicas”.

O foco actual recai em novos projectos, novas ideias e novos clientes. “Fizemos workshops com os nossos principais clientes e com algumas marcas como a BMW e a PSA para falarmos de novas ideias e novos serviços”, refere Fernando Merino ao Negócios. Estão a desenvolver ideias na área da mobilidade eléctrica, dos veículos autónomos, car-sharing, a conectividade dos automóveis.

A ERT lançou com a Simoldes um concurso dirigido às incubadoras, aos parques de ciência e tecnologia, que está na fase da avaliação para pensar os veículos do futuro, materiais e as suas funções, e os novos ambientes. Depois, se tiverem valor, a ERT e a Simoldes investirão nos projectos que interessem aos seus clientes.

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