09 janeiro 20
Sustentabilidade

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HRW quer transparência da cadeia de fornecimento

A Human Rights Watch (HRW), ONG focada no respeito pelos direitos humanos, lançou um novo estudo onde indica que uma das próximas tendências da moda é “acelerar a transparência da cadeia de fornecimento”, no sentido de tornar possível a deteção de más práticas na produção das matérias-primas usadas pela indústria.

Diversos grupos de sindicatos, grupos de defensores de direitos humanos e de direitos do trabalho criaram, em 2016, o Transparency Pledge, um padrão mínimo de transparência da cadeia de fornecimento que permite a todos os interessados, entre eles trabalhadores e consumidores, saberem onde são fabricados os produtos de uma determinada marca.

Aruna Kashyap, consultora de direitos das mulheres da HRW, afirmou que “a transparência não é uma panaceia para violações dos direitos do trabalho, mas é fundamental para uma empresa que se descreve como ética e sustentável. Todas as marcas devem adoptar a transparência da cadeia de fornecimento, mas, em última análise, são necessárias leis que exijam transparência e imponham práticas críticas de direitos humanos”.

O estudo refere que “a transparência do fornecedor é uma ferramenta poderosa que promove a responsabilidade corporativa pelos direitos dos trabalhadores do vestuário nas cadeias de fornecimento globais”.

Até agora, 39 empresas alinharam ou comprometeram-se a alinhar com o Transparency Pledge, mas o estudo insiste em que um número não dispiciendo de empresas ainda está abaixo dos padrões mínimos de transparência. Desde 2016, a organização contactou 74 empresas, das quais 31 ficaram aquém do padrão de compromisso e 21 nem sequer divulgaram publicamente informações relevantes.

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