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A Euratex, a confederação europeia de têxteis e vestuário, que avançar para a criação de cinco centros de processamento de resíduos têxteis a nível europeu, a instalar, em princípio, na Bélgica, Finlândia, Alemanha, Itália e Espanha – respondendo desta forma a um dos maiores desafios do setor: a economia circular.
O aumento da quantidade de têxteis recolhidos – que passou de dois milhões de toneladas em 2014 para, em perspetiva, um valor entre 4,2 e 5,5 milhões de toneladas em 2025 – obriga, segundo a confederação, à criação de “um sistema de grande escala e coordenado para recolher, selecionar e reciclar todos os fluxos de resíduos têxteis até 2024”, refere o organismo europeu em comunicado.
A ideia é “transformar o problema dos resíduos têxteis numa oportunidade”, nomeadamente através da sua reintrodução na cadeia de valor – que passará a estar concentrado nos cinco centros, os ReHubs, que serão coordenados em conjunto no sentido de reduzir ao máximo o desperdício.
“Criar os ReHubs perto das zonas de têxteis e vestuário da Europa vai oferecer o benefício da economia circular, permitindo o upcycling de resíduos têxteis, enquanto possibilita uma gestão completamente nova, coordenada e de grande escala de fluxos de materiais”, refere o comunicado.
A maior parte dos têxteis recolhidos é vestuário, 65% dos quais permanecem na Europa. Desses, cerca de 50% a 60% ainda podem ser reutilizados, 10% a 15% são convertidos em produtos de baixo valor, 10% são incinerados ou colocados em aterros e os restantes 15% a 30% são reciclados. “Do ponto de vista ambiental e económico, é uma perda simplesmente enviar para o estrangeiro ou incinerar mais de quatro milhões de toneladas de matérias-primas», diz a confederação.
A Euratex considera, por outro lado, que estes cinco centros podem, no limite, vir a criar mais 120 mil empregos diretos na Europa.