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Apesar de a mudança só vir a operar a partir de Janeiro de 2021, Kirty Hayes, embaixadora do Reino Unido no nosso país, aconselha as empresas portuguesas a começarem desde já a preparar a era pós-Brexit. E lembra que isso é especialmente importante, já que é o nosso país que exporta muito mais para Inglaterra do que ao contrário.
A embaixadora deixou estes conselhos numa em entrevista ao jornal ECO, onde diz também que Portugal deve ter uma posição activa no âmbito das negociações que actualmente decorrem dentro da União Europeia. “É importante que as empresas se preparem para um novo mundo. O acesso aos nossos mercados respectivos não vai sofrer alterações até 31 de Dezembro de 2020, o que significa que, com confiança, os cidadãos e as empresas de Portugal e do Reino Unido poderão fazer planos para a sua vida após a nossa saída da União Europeia”, aconselha Kirty Hayes, que está a cinco meses e terminar a sua missão em Portugal.
Olhando para o processo negocial sobre a saída da Inglaterra da União Europeia, a diplomata alerta que “é especialmente importante para as empresas portuguesas, porque Portugal exporta muito mais para o Reino Unido do que o contrário, quase o dobro”. Por isso, acentua, “é essencial que Portugal adopte uma posição activa dentro das negociações ao nível dos 27.
No que ao sector têxtil diz respeito, o Reino Unido foi no último ano o quarto melhor cliente da ITV nacional – só atrás de Espanha, França e Alemanha -, representando 8% do total das exportações do sector. No entanto, e num contexto de crescimento generalizado, foi praticamente o único mercado a registar uma evolução negativa (-1,7%) tal como tinha acontecido já em 2016 (-1,2%).