26 novembro 20
Empresas

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Desilusão com OE e Plano de Recuperação

O Orçamento de Estado que acaba de ser aprovado não passou ao lado do Fórum Têxtil, e o presidente da ATP deixou clara a insatisfação do setor face a um documento que ignora as empresas e se centra nos serviços públicos. Também o  Plano de Recuperação e Resiliência reserva apenas 19% dos fundos previstos para o tecido empresarial.

“Não podemos deixar de manifestar a nossa desilusão que decorre do OEstado para 2021, que ignorou totalmente as empresas, centrando-se só no Estado, nos apoios sociais e nos serviços públicos”, referiu Mário Jorge Machado, presidente da ATP. O setor privado tem convergido nesta crítica, que considera ser uma imposição dos partidos de esquerda que asseguram apoio parlamentar ao Governo.

Mário Jorge Machado considera que o Plano de Recuperação e Resiliência enforma do mesmo problema: “apenas 19% dos fundos previstos, disponibilizados pela União  Europeia, se dirigem ao tecido empresarial, sendo tudo o resto alocado a aliviar a despesa do Estado no apoio social, na modernização digital da Administração Pública e em investimento  público em energias renováveis ou em infraestruturas, muitas de questionável interesse”, afirmou Mário Jorge Machado.

No que tem particularmente a ver com a indústria têxtil e do vestuário, esta insuficiência é particularmente grave, disse o presidente da ATP, dado “o seu peso na economia, no emprego e nas regiões onde predominantemente se encontra instalada”.

E deixou por isso um apelo ao ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, presente no fórum: “apelamos, Senhor Ministro da Economia, para que não desista, no seio do Governo a que pertence, de defender quem cria riqueza e a distribui, quem cria emprego e exporta, quem investe e quem torna Portugal realmente mais moderno e desenvolvido, para que não seja só o Estado opção das políticas do Executivo”.

Leia aqui o discurso do Presidente da ATP no Simpósio da Indústria Têxtil.

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