30 Janeiro 2018
Trabalho

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Câmara e IEFP querem colocar trabalhadores da Ricon

A Câmara de Famalicão tem a funcionar uma linha de apoio destinada aos trabalhadores da têxtil Ricon, que receberam esta segunda-feira cartas a comunicar a cessação dos seus contratos de trabalho devido à possível liquidação da empresa, de acordo com um press release distribuído pela autarquia.

A liquidação do grupo têxtil instalado em Ribeirão, que emprega cerca de 600 trabalhadores, a grande maioria famalicenses, começa a ser discutida esta terça-feira, com três assembleias de credores. A administração da Ricon anunciou, entretanto, que enviou cartas aos colaboradores dando conta da cessação dos respetivos contratos de trabalho.

“Neste sentido, o cenário mais provável é que dentro alguns dias, os trabalhadores deste grupo entrem em situação de desemprego”, diz a nota enviada pelo município.

“A Câmara de Famalicão tem um conjunto de respostas que estão já a ser reunidas e implementadas. São essencialmente medidas de carácter social e económico que são apostas da autarquia no combate ao desemprego e no incentivo à inovação e ao empreendedorismo no concelho. Em primeiro lugar, destaque para a retaguarda social que envolve ajudas imediatas ao nível da alimentação, da educação, ou nas despesas com a habitação. Os famalicenses que necessitem de ajuda devem dirigir-se ao departamento de Acção Social da câmara para obter informações sobre os apoios concretos existentes nestes casos”, acrescenta.

Por outro lado, a autarquia está a trabalhar em sintonia com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, coordenando os meios para encaminhar os trabalhadores para outras oportunidades de emprego. O presidente da autarquia, Paulo Cunha, esteve aliás reunido esta segunda-feira com os responsáveis do IEFP.

No press release, a Câmara de Famalicão lembra que “o concelho tem uma forte presença industrial, onde o sector têxtil está em crescimento e onde existe escassez de mão-de-obra, é preciso saber dirigir estes trabalhadores para outras empresas”.

Entretanto, através do programa Qualifica os trabalhadores são incentivados a apostar na formação profissional ou adquirir novas competências para se inserir noutros setores profissionais ou relançar a sua carreira profissional.

Recorde-se que Famalicão tem atualmente uma taxa de desemprego de 6,5%, bastante abaixo da média nacional. No concelho, existem hoje em dia cerca de 4500 desempregados, quando há quatro anos existiam cerca de 12 mil desempregados.

Refira-se que a autarquia famalicense tem vindo a acompanhar o processo desde o início, em Dezembro de 2017, quando a empresa apresentou o pedido de insolvência. Nessa altura, o município desenvolveu diligências com a administração da empresa para perceber o que estava a acontecer, acompanhando desde então a situação.

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