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Uma toalha de mesa que na penumbra se ilumina criando um ambiente intimista, é a estrela da coleção 2018 que a BomDia apresentou na Heimtextil, subordinada ao conceito “atrair o exterior para o interior”.
Desenvolvida em parceria com a Pizarro, que contribuiu com a estampagem que dá o elemento de luz, a toalha surpreende também pelo leveza do seu toque.
“De dia, aprecia-se o seu design moderno. À noite, no escuro, desfruta-se da suavidade da sua luz”, descreve Laura Carvalho, diretora geral da BomDia, 42 anos de vida e 24 da empresa onde debutou como arquivista, mal acabou de sair da escola.
Natureza, tranquilidade, conforto e luminosidade são os pontos cardeais da coleção 2018 da BomDia, marca própria e nome informal de uma têxtil lar fundada em 1933 e que no registo comercial responde pelo nome de Viúva de Carlos da Silva Areias.
A BomDia fechou 2017 com um volume de negócios de seis milhões de euros, que representa um crescimento de 12,7% face ao ano anterior. Itália e Estados Unidos são os dois principais mercados desta empresa que exporta 80% da sua produção,
A maioria das vendas são de private label, mas 40% são com a marca própria, que tem como origem curiosa uma toalha com a saudação Bom Dia bordada à mão que o irmão de Carlos da Silva Areias lhe trouxe do Brasil como prenda.
Para a BomDia, 2017 foi um ano bom não só no crescimento de vendas e margens, mas também em termos de clarificação estratégica.
Com o capital historicamente repartido pelas mãos de três famílias (Oliveira, Freitas e Gonçalves), a empresa conheceu, na viragem do século, um primeiro rearranjo accionista com a saída dos Oliveiras.
No verão passado foi a vez dos Gonçalves adquirirem a posição da família Freitas e assumirem sozinhos o controlo da empresa, com a liderança da BomDia a ficar concentrada nas mãos de Carlos Gonçalves – sobrinho neto da viúva de Carlos Silva Areais, irmão da designer Anabela Baldaque e pai de João, licenciado em Gestão (Católica do Porto) que esteve em Frankfurt no stand da empresa, após ter feito um estágio na embaixada de Portugal em Berlim, no âmbito da peroração da sua tese de mestrado sobre “O investimento estrangeiro no mercado alemão”