23 março 20
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ATP e CITEVE coordenam fabrico de equipamento têxtil hospitalar

É em ligação com os ministérios da Saúde e da Economia que ATP e CITEVE estão a coordenar uma bolsa de empresas para dar resposta ao sistema de saúde em termos de equipamentos têxteis hospitalares. Já foram feitos testes para verificar requisitos específicos dos materiais que podem ser utilizados e começam agora a ser entregues às empresas os dossiers técnicos de fabrico. É preciso garantir segurança do produto e fazer ponte entre as necessidades e quem pode produzir.

É a resposta coordenada e integrada à solicitação da Direção-Geral de Saúde. O equipamento hospitalar obedece a requisitos técnicos específicos e durante a semana passada os laboratórios do CITEVE estiveram a testar diversos materiais, para avaliar aqueles que podem corresponder a essas exigências específicas.

“Tivemos uma grande adesão das empresas, muitas mesmo sem experiência no fabrico destes dispositivos. O problema maior é a penúria de matéria-prima e por isso estivemos toda a semana a ver os materiais que podem responder aos requisitos técnicos e a preparar dossiers técnicos para fornecer às empresas para poderem fabricar, montar linhas de produção”, explica Braz Costa, diretor geral do CITEVE.

É o caso específico das máscaras cirúrgicas, que têm que garantir filtragem e respirabilidade e para ambiente hospitalar são mais exigentes que para o público em geral. “Normalmente a matéria-prima utilizada são não tecidos que por cá pouco se fabricam, vêm da China e da Índia e agora estamos a ver o que por cá há e se fabrica, de forma a encontrar matérias-primas alternativas com capacidade e condições para serem produzidos todos os equipamentos necessários. Estamos em permanente contacto com os ministérios da Saúde e da Economia. Temos que garantir segurança do produto e fazer ponte entre as necessidades e quem pode produzir”, conclui o responsável.

No caso das máscaras Braz Costa manifesta mesmo muitas dúvidas face ao voluntarismo que tem sido característico de muitas empresas. “Podem não servir para nada”. Isso mesmo voltou a frisar durante o fim de semana a diretora geral da saúde, recomendando às pessoas que não façam um uso indiferenciado desse equipamento. “Não protege e em muitos casos não serve para absolutamente nada”, disse Graça Freitas, referindo-se a máscaras de pano. Ou seja sem os tais requisitos técnicos que estão a ser investigados pelos laboratórios do CITEVE para a elaboração dos dossiers técnicos que fornecem às empresas para o fabrico.

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