Alemanha impõe mulheres na administração das empresas

O governo alemão aprovou esta semana uma proposta de lei que vai obrigar à presença de pelo menos uma mulher nos órgãos sociais das empresas que tenham mais de três administradores. Uma medida que se estende aos organismos públicos e empresas em que o estado é accionista.

Esta é uma matéria em que os dirigentes alemães reconhecem algum atraso do país, e embora as propostas da oposição tenham sido recusadas pelo partido da chanceler Angela Merkel, os partidos chegaram a um entendimento em novembro passado.

Segundo noticiou a agência Reuters, a proposta de lei prevê que 30% dos membros dos conselhos de administração nas empresas detidas pelo Estado tenham de ser mulheres. “Esta lei é um marco para as mulheres em cargos de liderança”, destacou a ministra dos Assuntos da Família, Franziska Giffey, que já tinha demonstrado o descontentamento pela lentidão do progresso nesta legislação.

A aprovação de quotas pode ajudar a Alemanha a subir nas classificações de diversidade em cargos de gestão nas empresas e um estudo da Boston Consulting aponta que a terá o efeito de passar para cerca de 15% a participação de mulheres nos cargos executivas, o que fará subir a Alemanha do 24º para o 17º lugar nesta matéria entre os países da União Europeia.