08 Outubro 19
Fiação

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A SMBM não larga a moda e a moda não larga a SMBM

Moda, internacionalização e inovação são o alfa e ómega da estratégia da SMBM, a fabricante de fios de Moreira de Cónegos que após a aquisição da Tearfil pela sua accionista (Maria de Belém Machado) ficou ainda mais focada nas pequenas quantidades e moda – deixando as grandes quantidades e os artigos técnicos para a sua vizinha, a antiga António Almeida & Filhos.   

“A moda não nos larga e nós não largamos a moda”, resume Bernardino Ferreira, sales manager da SMBM, que esteve na Première Vision com uma oferta onde se destacam os fios sustentáveis – como fibras de urtiga ou kapok, com algodão orgânico – e artigos de fantasia, com misturas diversas (caxemira, tencel, modal, algodão, lã, sede, bambu, etc), onde se nota o dedo de Susana Bettencourt, a designer com quem a fiação de Moreira de Cónegos mantém uma parceria.

“Com as suas criações coloridas e feitas à mão, a Susana construiu uma imagem de marca que está alinhada com o ADN irreverente da Fifitex”, explica Belém Machado, 62 anos, que no início do século trocou a medicina pela têxtil, para dar um novo fôlego à fiação fundada pelo seu pai em 1965.

A SMBM – iniciais de Sérgio Machado (o pai e fundador) e Belém Machado (a filha) – é desde 2001 a razão social da fiação fundada com o nome de Fifitex, que no entretanto foi reconvertido em marca da empresa.

A parceria com Susana Bettencourt não é a única tecida pela SMBM, que desenvolve a sua coleção para os têxteis lar em estreita colaboração com o atelier Unis, de Guimarães. “A Unis ajuda-nos a encontrar os desenhos e a densidade certa para os fios que direccionamos para os têxteis lar”, afirma Bernardino Ferreira. 

As malhas são o destino de cerca de 75% dos fios fabricados pela SMBM, que mensalmente produz 12 toneladas em open end e 100 toneladas em anel contínuo e está apostada  em diversificar mercados e aumentar a percentagem de exportações diretas.

“2019 começou mal, mas está a melhorar. Estou convencido que no final do ano as vendas vão subir um bocadinho, talvez 2% a 3%, relativamente a 2018”, conclui o sales manager da empresa, que emprega 76 trabalhadores e fechou 2018 com um volume de negócios de 2,7 milhões de euros. 

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