T77 - Novembro 22
Produto

Umas Leggings que fazem recuperação muscular

Desenvolvido pela Tintex, Hata, CITEVE, CeNTI e Faculdade de Desporto da Universidade do Porto

O que é? Leggings com sistemas ativos integrados nas estruturas têxteis Principal contributo Através de massagem e compressão, electroestimulação e aquecimento, permitem acelerar o processo de recuperação muscular Estado do projeto Em fase de conclusão, seguem-se testes dos protótipos em ambiente real

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Com a crescente expressão do desporto, a Tintex, juntamente com a HATA, CITEVE, CenTI e FADEUP, lançou-se no desenvolvimento de umas leggings desportivas que permitem a recuperação muscular. O produto conta com sistemas de electroestimulação, aquecimento, massagem e compressão, totalmente integrados nas estruturas têxteis. Estes sistemas foram desenvolvidos utilizando tecnologias emergentes como eletrónica impressa e integração de fios condutores. A sua chegada ao mercado deve acontecer já no próximo ano.

“As características diferenciadoras são mesmo a eletroestimulação, aquecimento, massagem e compressão. Fizemos o estudo de cada uma delas individualmente e depois combinámo-las no protótipo final”, avança Pedro Magalhães, diretor de inovação da Tintex. Encontram-se neste momento a fazer a “otimização do protótipo para poder desenvolver em maior quantidade e depois testar em ambiente real”.

Além do fornecimento da malha acabada, a Tintex estudou também algumas soluções de revestimentos que podem ajudar na parte mais eletrónica. “Pensamos muito na performance e naquela que seria a malha ideal para estas leggings. Elasticidade, respirabilidade, fast drying e antibacteriano foram as características procuradas”, explica Pedro Magalhães. 

Quanto ao CeNTI, centrou-se no “desenvolvimento dos vários sistemas para a recuperação muscular e a sua compatibilização com a estrutura têxtil”, esplica Sónia Silva, gestora do projeto. Destaca a incorporação de eléctrodos secos na parte da eletroestimulação, que “têm a particularidade de serem mais user friendly do que os disponíveis em gel”. 

A parte tecnológica está distribuída por toda a legging, ou seja, há sistemas de aquecimento nos grupos musculares das pernas, assim como electroestimulação e massagem. “O que está no cinto é a parte eletrónica, que controla o funcionamento, através de uma aplicação móvel que estamos a desenvolver, para que cada utilizador possa dar os comandos que pretender”. Neste cinto encontramos também a bateria, que carrega sem fios: “o carregamento das baterias faz-se por indução. As pessoas removem o cinto, colocam-no em cima de uma base e esta carrega”, explica Sónia. 

A principal dificuldade no desenvolvimento foi “a miniaturização dos sistemas, que têm de ser pequenos e leves”, avança ainda, acrescentando que trabalharam também “ao nível do encapsulamento das tecnologias para não afetar a lavagem”. 

Coube ainda à HATA um papel na imaginação do produto final. “Uma vez que a administração da empresa é comum à Tintex colaboraram na idealização do produto”, explica Pedro Magalhães. “Queremos que seja um produto que o consumidor final possa utilizar”, frisou. Quanto aos mercados a alcançar, o céu é o limite, assim como as potencialidades de aplicar este princípio a outras peças. 

“Estamos muito satisfeitos. O resultado final é muito satisfatório, estamos agora a realizar ensaios com a faculdade de desporto”, conclui Sónia Silva.

O Produto

Wear2Heal 

Desenvolvido pela Tintex, Hata, CITEVE, CeNTI e Faculdade de Desporto da Universidade do Porto

 

O que é? Leggings com sistemas ativos integrados nas estruturas têxteis Principal contributo Através de massagem e compressão, electroestimulação e aquecimento, permitem acelerar o processo de recuperação muscular Estado do projeto Em fase de conclusão, seguem-se testes dos protótipos em ambiente real

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