23 novembro 23
Sustentabilidade

Maria Monteiro

Zara, H&M, entre outras, banidas da Vestiaire Collective

Empenhada em acelerar o seu esforço para eliminar o fast fashion do seu negócio, a gigante francesa de revenda em segunda mão, a Vestiaire Collective, baniu da sua plataforma cerca de 60 marcas de moda. Nesta lista está incluída a Zara, H&M, Mango e Gap, entre muitas outras.

O motivo por que o fizeram resulta de uma estratégia de aposta mais na sustentabilidade que nos lucros, em prol de um consumo mais responsável. Esta estratégia posiciona a plataforma francesa longe dos seus competidores, como a Vinted ou a Real Real. A medida surge antes da Black Friday e contribui para o plano a três anos da Vestiaire para combater práticas insustentáveis na moda e, em última análise, remover todas as marcas de fast fashion da sua oferta.

Consciente com os 92 milhões de toneladas de têxteis que são enviados para aterros todos os anos, a Vestiaire Collective, decidiu agir e lançou recentemente uma campanha onde este número esmagador é o mote. As imagens que foram criadas com recurso a inteligência artificial de pontos turísticos, como o Empire State Building, da Times Square, da Torre Eiffel e do Palácio de Buckingham repletos de roupa empilhada estão a percorres as redes sociais, como forma de alerta para a importância de reduzir o consumo de moda, optando por uma alternativa em segunda mão.

A ideia, no fundo, passa por apertar as regras, alertando simultaneamente com a campanha nas redes sociais e com o lobbying junto da União Europeia, para forçar o controlo do fast fashion – uma categoria que continua por clarificar por parte de Bruxelas. “Sabia que todos os anos são deitadas fora 92 milhões de toneladas de têxteis? É o suficiente para encher o Empire State Building, criar uma pilha de resíduos de moda do tamanho da Torre Eiffel ou encher o Palácio de Buckingham todos os dias”, alertou a plataforma na legenda das fotografias publicadas nas redes sociais.

Partilhar