Bebiana Rocha
A Vilartex é na sua essência uma empresa voltada para o universo da moda, no entanto, este ano encontramo-la na ISPO Munich, que decorre entre esta terça e quinta-feira na Alemanha. No expositor é possível encontrar um vasto conjunto de tecidos de malha para a prática desportiva que exemplificam a capacidade de a empresa produzir com vista à performance, conforto e sustentabilidade.
“Temos artigos que permitem criar peças para ir trabalhar, mas ao mesmo tempo chegar ao final do dia de trabalho e ir dar uma corrida”, diz Manuel Ribeiro, designer, em declarações ao T Jornal. “Fizemos uma escolha de fibras cuidada para assegurar respirabilidade e o efeito antibacteriano que esperamos dos artigos de desporto, até porque nem sempre o acabamento resolve tudo”, continua exemplificando com opções de poliéster reciclado e biodegradável e poliamidas.
Entre as matérias-primas em destaque está uma mistura de algodão orgânico com liocel, pensada para controlo de odor. “Tentamos garantir que as propriedades se mantêm ao longo de toda a vida do produto e não apenas por algumas lavagens”, explica a lógica. Manuel Ribeiro fala também em combinações como: algodão orgânico e poliéster reciclado, poliéster reciclado e lã merino para os desportos de altitude.
“Estamos otimistas no impacto que a coleção vai ter”, não esconde. A empresa escolheu avançar nesta incursão com a orientação da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal por acreditar que se tira vantagens quando trabalhamos em equipa. “Estarmos dentro de uma ilha faz com que tenhamos uma comunicação mais forte e há de facto vários mercados que querem trabalhar com Portugal”, diz convictamente o responsável.
A Vilartex tem notado uma tendência por parte dos clientes de fazerem encomendas cada vez mais tarde, o que tem dificultado a calendarização das encomendas. Mas mantém o foco em dar saída e criar novos artigos.