Bebiana Rocha
A Víctor Têxteis, empresa de produção e comercialização de soluções têxteis para beachwear, sportswear e casualwear, vai estar no Modtissimo, dias 12 e 13 de setembro, focada em promover as suas soluções sustentáveis e certificadas. “Um dos objetivos mais importantes da Víctor Têxteis é conseguirmos atingir os 90% da faturação em artigos reciclados certificados já no ano de 2025”, diz Gregory Resende.
Entre as novidades a apresentar no stand estão tecidos e malhas em poliéster reciclado e poliamida reciclada, com foco em artigos e acabamentos tanto para swimwear masculino como sportswear, mais especificamente no padel e golf.
“Para nós os reciclados têm muito valor, pois são claramente produtos ambientalmente, socialmente e geracionalmente mais responsáveis. Queremos, contudo, ajudar a combater a confusão que existe entre o valor e o custo. Ou seja, muito embora para nós os artigos reciclados tenham um valor muito alto, o nosso objetivo é que tenham um custo cada vez mais baixo e que deixem de estar na categoria luxo”, explica.
As expectativas da empresa para esta edição estão altas, a Víctor Têxteis vê o certame como uma oportunidade para contactar com clientes nacionais e internacionais, ao mesmo tempo que ausculta o mercado. “Como os visitantes do Modtissimo são dos mais variados mercados e latitudes, essa auscultação é robusta e importante para a nossa análise interna. E é essa análise de inputs que nos permite uma adaptação a um mercado cada vez mais competitivo” salienta. Descrevendo um mercado atualmente marcado pela retração em que as encomendas são mais pequenas e menos diversificadas.
“É natural que estejamos a notar um volume de negócios por cliente inferior relativamente ao ano anterior. A nossa estratégia tem passado por um ajuste de processos e stocks por forma a sermos mais rápidos na entrega e diminuindo as quantidades mínimas de encomenda para determinados produtos ou acabamentos”, desvenda. Em suma, compensaram o menor volume de negócios por cliente com um aumento de clientes ativos, o que vai permitir gerar resultados operacionais em linha com o ano anterior ou até superiores, prevê.
Sobre a nova organização Gregory Resende mostra-se satisfeito com os esforços empregues no sentido de alterar “um status quo que estava instalado, onde a recolha de opiniões e de informação era sempre feita ao mesmo conjunto de empresas”. O responsável pela área de sourcing toca na necessidade de se fazer um retrato da indústria têxtil mais rico e diverso – “o cluster é constituído maioritariamente por micro e pequenas empresas, com muita experiência, com muita qualidade e com opiniões muito válidas. As temáticas e os problemas das grandes empresas nem sempre são coincidentes com as das micro e pequenas que compõem a maior parte do ecossistema”, chama à atenção.