Bebiana Rocha
A Veste Heróis, empresa de fardamento com sede em Paredes, marcou presença ontem no evento de networking Digi4Fashion, organizado pela ATP. Emanuel Ribeiro integrou o painel sobre “Controlo de Gestão e Digitalização”, juntamente com Pedro Mariano, da ControlTêxtil, Sílvia Leal, da Be Simple, e Jorge Pinto, especialista em métodos e tempos.
Na sua intervenção, falou sobre as transformações que a empresa está a implementar para se adaptar aos tempos atuais e da necessidade de adotar software de controlo de produção, de forma a obter dados concretos sobre o que está a ser bem feito — promovendo assim uma cultura de meritocracia.
“Com o software da ControlTêxtil vamos também ficar a saber o que está mal. É uma questão de transparência, para podermos evoluir. Será uma das maiores mudanças estruturais”, confessou à plateia.
A Veste Heróis é uma empresa de média dimensão, com cerca de 70 colaboradores. Começou como uma empresa familiar e tem vindo a reforçar a sua componente técnica, tornando o layout produtivo mais eficiente. “Enfrentamos as dores de crescimento de uma empresa familiar. Escolhemos melhorar, já temos roteiros teóricos definidos, temos os tempos teóricos, temos uma lógica produtiva — por isso pensamos no software”, enquadrou. “O software recolhe dados de forma mista, hora a hora ou por lote. Essa versatilidade pode fazer a diferença”, acrescentou.
O administrador fez ainda a ponte entre a digitalização e a sustentabilidade, mostrando-se empenhado em oferecer cada vez mais durabilidade aos clientes. Isso passa por criar peças com boa solidez à luz e resistência à abrasão, “para garantir que, quando há uma cerimónia dos Bombeiros, não estão com fardas descoloridas”, brincou.
“Vale a pena trabalhar com o know-how de um fabricante. Os nossos artigos têm costuras duplas e triplas para garantir que se mantêm lavagem após lavagem”, concluiu.