10 abril 24
Sustentabilidade

Ana Rodrigues

Valor das vendas de moda de segunda mão vai duplicar até 2027

Até 2027, o mercado global de moda de segunda mão deverá duplicar de dimensão para 350 mil milhões de dólares. Este é um sector que desacelerou em 2022, mas que em 2023 aumentou 19%. Já para 2024, as previsões são de uma subida de 17% para os 240 mil milhões de dólares.

Em 2025 e 2026, o valor dos bens em segunda mão aumentará 16% e 12,5%, respetivamente, para estagnar num crescimento de 8% em 2027. Estes são os dados obtidos através do relatório anual publicado pela plataforma norte-americana de revenda de moda ThredUp, em colaboração com a consultora GlobalData.

Segundo os dados do mesmo relatório, o comércio online é o principal impulsionador deste mercado, por exemplo: só no EUA, as vendas online de roupa em segunda mão crescerão 21% nos próximos cinco anos, atingindo 38 mil milhões de dólares.

De uma forma geral, 37% dos consumidores aumentou os seus gastos com moda em segunda mão, nos últimos 12 meses. O estudo demonstra, igualmente, que o aumento da inflação desempenhou um papel significativo nesta evolução. Isto é, efetivamente, a principal razão para decidir comprar em segunda mão é o preço dos artigos, seguem-se a qualidade e a seleção de artigos que as marcas em segunda mão costumam oferecer.

Em termos de faixa etária, esta tendência é especialmente popular na Geração Z: em 64% dos casos, ao comprar, estes consumidores procuram ver se aquele produto existe em segunda mão antes de o comprar novo. Além disso, mais de metade dos jovens diz preferir comprar marcas que também ofereçam uma linha de roupa em segunda mão.

No entanto, a principal razão que motiva as marcas a começarem a vender roupa em segunda mão é o aumento das receitas, mas a fidelização dos consumidores e a melhoria da sua sustentabilidade também são valorizadas.

Quanto a esta matéria, dados da ThredUp revelam que, só em 2022, 88 marcas lançaram as suas próprias plataformas de revenda, sendo que 82% destas antecipa um retorno positivo do seu investimento. Do total de empresas, quase duas em cada três planeiam integrar este modelo nos seus planos a longo prazo.

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