16 outubro 23
Empresas

Ana Rodrigues

Valérius Hub: “Portugal está pronto para enfrentar o futuro”

Ciente que a economia circular é a resposta para a sustentabilidade, Patrícia Ferreira, CEO da Valérius Hub, afirma que “as fábricas estão próximas dos consumidores finais e que as mudanças estão quase a ocorrer em simultâneo” e, nas suas palavras, Portugal está pronto para enfrentar o futuro.

Tendo Portugal já dado cartas na inovação e no ensino de novas práticas, a CEO diz que, ainda assim, a consciencialização dos consumidores portugueses sobre os efeitos negativos da indústria de fast fashion no meio ambiente tem muito para melhorar, mesmo que já exista maior transparência em todo processo.

Quanto ao trabalho da Valérius Hub, “estamos a fazer um LCA para todas as peças dos nossos clientes para eles saberem aquilo que custaram ao ambiente e o que pouparam por terem determinadas escolhas”, clarificou Patrícia Ferreira, em entrevista à Revista Liderança no Feminino, acrescentando um processo de modelação 3D, que permite diminuir o número de samples, no que toca a prints e variações de cor.

A Valérius Hub tem, assim, como objetivo que as empresas utilizem os seus recursos de design, photo studio, logística e comercial, aportando todo o apoio na parte sustentável e já várias empresas aderiram ao projeto: “Há muito boas empresas em Portugal que com a mínima ajuda conseguem fazer coisas incríveis, é isso que acreditamos e defendemos todos os dias”, enfatizou.

Quanto ao futuro, configura um mercado completamente diferente dentro de dez anos: ausência de stocks ou, pelo menos mais diminutos do que são hoje, isto é, “irão existir amostras ou coleções todas em 3D, irá existir make to order e a indústria será reduzida”, contou.

Com a consciência da dificuldade que é encontrar mão-de-obra, salientou que as empresas que não apostaram na tecnologia e na inovação não irão sobreviver. Nesse sentido, a Valérius Hub “surgiu pela necessidade de mudança. Achamos que seria interessante existir um Hub, onde as empresas que apresentam valores éticos e sustentáveis pudessem partilhar aquilo que fazem melhor”, concluiu.

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