Bebiana Rocha
A dificuldade de contratar engenheiros têxteis é real, confirma a Universidade do Minho com o inquérito que fez no passado mês de maio às empresas do sector. “A maior parte das empresas tem engenheiros têxteis, mas tem também engenheiros de outras especialidades a fazer o papel de engenheiros têxteis”, chama à atenção Hélder Carvalho, diretor do departamento de engenharia têxtil, ao T Jornal.
“Notamos com este estudo que, idealmente, grande parte das empresas gostaria de contratar um número superior de engenheiros têxteis”, o que resultaria numa absorção total do número de formandos por ano na Universidade do Minho, a única entidade de ensino com curso de Engenharia Têxtil a funcionar.
“Somos atualmente o único curso de Engenharia Têxtil no país. Temos a vantagem de estarmos muito próximos da indústria, não só em termos geográficos”, mas também em termos de parcerias que mantem com as empresas, que podem beneficiar os estudantes no momento de estágio ou projeto, recorda o docente.
Segundo as empresas que responderam ao inquérito, a questão do salário ser atrativo é uma não questão – “os salários para esta função estão acima da média salarial da indústria nacional”, diz Hélder Carvalho (à direita na fotografia). “Havendo candidatos nós temos como abrir mais vagas e as empresas têm capacidade de absorver os formandos”, reitera.