10 dezembro 25
Empresas

Bebiana Rocha

TOP Trends cresce acima dos 15% e entra no Top 5% da Scoring

A TOP Trends integra o Top 5% das melhores empresas de Portugal, na edição de 2025 da Scoring. A empresa deverá fechar o ano com um crescimento superior a 15% face a 2024, resultado alcançado graças a uma liderança estratégica assente na identificação de oportunidades, na assunção de riscos e na motivação das equipas.

Em entrevista ao T Jornal, Daniel Simões, CEO da TOP Trends, sublinha que este selo “valoriza a visão e a estratégia da empresa, focadas na internacionalização, na constante inovação e na melhoria contínua”. Fundada em 1991, a empresa tem vindo a consolidar a sua presença no mercado, tendo como principais destinos para os produtos os Países Baixos e a Alemanha.

“Nos próximos anos queremos consolidar ainda mais a nossa carteira de clientes e alargar os nossos mercados”, afirma Daniel Simões, destacando que a empresa cumpriu todos os objetivos definidos para 2025: reforçar e potenciar clientes existentes e angariar novos. Um percurso construído através de colaboração e parcerias estratégicas, onde a confiança é determinante. “O sucesso da transparência depende da bilateralidade”, defende o CEO, acrescentando que só assim se alcança uma relação de trabalho sólida.

A empresa de Barcelos regista atualmente uma capacidade produtiva média mensal de 15 mil unidades e emprega mais de 200 colaboradores, de forma direta e indireta. Quanto ao desafio da mão de obra, Daniel Simões refere que tem conseguido ultrapassá-lo “pagando o justo valor pela mão de obra qualificada”.

Para 2026, o responsável antecipa como principais desafios superar a faturação deste ano, aumentar a carteira de clientes e dar continuidade à melhoria contínua dos processos.

No campo da sustentabilidade, afirma que este é um tema trabalhado há largos anos e sublinha que, mais do que matérias-primas ou energia, “a sustentabilidade é ter um bom planeamento”.

A confeção detém atualmente os certificados Tencel Lenzing e Ecovero Lenzing, encontrando-se em processo de certificação GOTS, que deverá ficar concluído no próximo ano. Nos planos para 2026 está também a aquisição de um novo software de produção com integração de IA, que deverá acrescentar valor ao processo produtivo e permitir respostas mais rápidas e eficientes.

Numa mensagem final sobre o setor e o made in Portugal, Daniel Simões acredita que o STV tem tudo para superar as dificuldades que atravessa e a concorrência desleal dos produtos asiáticos ou em outras origens de mão de obra barata. Para o CEO, esta não é uma guerra de batalhas, mas sim de escolha estratégica: conquistar mercados de valor acrescentado que procuram know-how, mão de obra qualificada, flexibilidade e elevada capacidade de adaptação.

Conclui recordando que Portugal é um país de pequenas e médias empresas, razão pela qual não é o destino preferencial de grandes grupos de fast fashion, que priorizam o preço. “Cabe-nos trabalhar competências que as marcas de valor acrescentado valorizam: produto de qualidade, cumprimento de prazos, prestação de serviços diferenciados e credibilidade.”

Partilhar