27 janeiro 21
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Têxtil esclarece que máscaras nível 2 protegem acima dos 90%

As normas foram fixadas pela Direção-Geral de Saúde, SNS, Instituto Português da Qualidade, ASAE e Infarmed, e identificam as especificações técnicas e a categorização por tipo de utilizador. A indústria têxtil esclarece que as máscaras de nível 2 e as cirúrgicas estão no mesmo nível de eficácia de retenção de partículas, pelo que não faz sentido qualquer discriminação.

Perante o cruzamento de informações contraditórias surgidas nos últimos dias, as duas associações do setor têxtil, ATP e ANIVEC, emitiram um esclarecimento conjunto onde referem que, sendo os testes laboratoriais de capacidade de filtração os mesmos para máscaras têxteis e máscaras cirúrgicas, não há qualquer dúvida sobre a eficácia das máscaras de nível 2 (filtragem superior a 90%). Já quanto às máscaras de nível 3 (filtragem acima de 70%), as associações dizem serem necessários mais testes científicos para avaliar a sua eficácia em relação às estirpes mais violentas da covid-19.

As duas associações recordam que, no dia 14 de abril 2020, foi emitida uma Diretiva pela Direção-Geral de Saúde, SNS, Instituto Português da Qualidade, ASAE e Infarmed, que identifica as especificações técnicas e a categorização de máscaras por tipo de utilizador.

No que respeita às máscaras têxteis, foram identificados dois níveis: máscaras destinadas à utilização por profissionais, que não sendo da saúde estão expostos ao contacto com um elevado número de indivíduos (chamado nível 2); e máscaras destinadas à promoção da proteção de grupo (utilização por indivíduos no contexto da sua atividade profissional, utilização por indivíduos que contactam com outros indivíduos portadores de qualquer tipo de máscara e utilização nas saídas autorizadas em contexto de confinamento, nomeadamente em espaços interiores com múltiplas pessoas, chamado nível 3).

A diferença entre estes dois níveis reside no desempenho da filtração de partículas, sendo acima de 70% para as de nível 3 e acima de 90% para nível 2.

O comunicado esclarece que um dos testes que carateriza a capacidade de filtração é a norma EN 14683:2019, a mesma que é utilizada tanto para as máscaras têxteis como para as máscaras cirúrgicas Tipo I (filtragem igual ou superior a 95%), Tipo II (98%) e Tipo IIR (98% com repelência ao sangue), “o que demonstra a confiabilidade dos testes de ensaio”. As semimáscaras tipo FFP2, têm um requisito de filtragem superior ou igual a 94%, e as FFP3 acima de 98%, testado pela norma EN 149: 2001 + A1:2009.

Durante o período da pandemia, “as máscaras têxteis foram utilizadas por milhões de pessoas, tendo demonstrado serem capazes de as proteger adequadamente”, notam as duas associações empresariais. Por isso, “na situação atual que existem novas estripes do SARS COV 2, com maior capacidade de contágio, será necessário fazer uma avaliação científica que clarifique se as máscaras de nível 3 (filtração de partículas igual ou superior a 70%) deixaram de ser eficazes”, conclui a nota hoje difundida.

E se as máscaras de nível 2 (filtração de partículas acima de 90%), têm um nível de eficácia de retenção de partículas ao mesmo nível das cirúrgicas, a conclusão é que “qualquer discriminação relativa às máscaras de nível 2, não tem nenhuma razão sustentada cientificamente”.

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