Bebiana Rocha
A Têxteis Penedo está a comemorar 50 anos de atividade com os seus clientes na Heimtextil. No stand é possível conhecer até hoje a história da empresa através de diferentes quartos: “nos outros anos fizemos stands amplos e abertos, este ano quisemos retratar um conceito de boutique hotel, onde a cada quarto corresponde um ano importante para a empresa”, explica Rita Leite, diretora comercial.
Dentro de cada quarto há uma surpresa com significado: um artigo que tenha sido produzido nesse ano. “Para o quarto de 1975, ano da fundação, escolhemos uma manta. Fomos ao baú, e foi interessante ver como o design chamou à atenção de clientes dos Estados Unidos”, diz ao T Jornal.
Esta iniciativa é também uma forma da Têxteis Penedo mostrar que os seus produtos têm qualidade e que perduram no tempo. “Tem sido muito engraçado ver que os nossos clientes de há 50 anos reconhecem os artigos”, continua.
Numa tour pelos diferentes espaços, cruzamo-nos também com os anos de 2011, em que adquiriram a empresa de mantas Macal, e 2015, ano de criação do fio Cork-a-Tex. Ao todo são 7 quartos, mais um espaço de atoalhados de mesa, uma área muito procurada pelo mercado francês. “A novidade na área de mesa são os naprons em cortiça, um material que é conhecido pelo toque mais áspero, mas que temos conseguido aprimorar ao longo dos anos para criar cada vez mais artigos suaves ao toque”, acrescenta.
A Têxteis Penedo há três anos que explora as potencialidades da cortiça no ramo dos têxteis-lar, um exemplo das experiências bem-sucedidas é uma toalha de dupla face que já é vendida para spas: de um lado algodão para alta absorção e do outro cortiça para um efeito de exfoliação. “Os Estados Unidos têm-se mostrado muito interessados, temos também as toalhas a serem comercializadas em Itália desde o ano passado”, diz satisfeita, enquanto segura um exemplar.
De um modo geral a edição de 2025 da Heimtextil mostrou-se mais movimentada do que em anos anteriores, os dois primeiros dias foram de intenso trabalho para a equipa comercial, que vinha já com várias reuniões agendadas.
“É um bom começo de ano, tivemos muita afluência maioritariamente dos Estados Unidos, França e Itália, temos feito outros contactos fora da Europa, como Bulgária, Guatemala e Equador, no qual temos uma presença residual”, resume a responsável.