Bebiana Rocha
A Têxtil J. Serrano participou na dinâmica de encontros entre Brasil e Portugal, realizada na passada semana na sede da ATP, em Vila Nova de Famalicão. No final, Kleberson Fortunato, Diretor de Operações Industrial da empresa dedicada à fabricação de tapetes, tecidos para colchões e decoração, afirmou ao T Jornal que é importante incluir os têxteis não tecidos na fileira têxtil.
Com mais de 1000 colaboradores e totalmente verticalizada, a empresa produz também materiais em PVC para persianas e outdoor. “Foi a primeira vez que conheci a ATP. Vim com a expectativa de conhecer o mercado e a dinâmica da Europa por causa do acordo UE-Mercosul. Neste momento, só exportamos para a América Latina e para os Estados Unidos. Achei interessante vir conhecer a dinâmica dos negócios, os problemas, as qualificações, as tecnologias”, resumiu.
Kleberson defende uma cooperação entre as duas partes e uma maior aproximação da indústria às associações. Questionado sobre como convencer o segmento dos têxteis não tecidos a sentirem-se parte da fileira e a integrarem as associações, sugere: “fazer entender as similaridades”. E reforça: “As próximas décadas não têm outro caminho, é preciso cooperar, apoiar naquilo em que se é melhor e no que se tem para oferecer. Não só a nível regional, mas entre países”.
À semelhança das empresas nacionais, no Brasil também se vive o desafio da falta de mão de obra – “os mais jovens não querem trabalhar mais na indústria”, afirma. A única forma de os atrair é através da entrada da tecnologia. A Têxtil J. Serrano está, neste momento, com um programa de formação de lideranças, a desenvolver ações de qualificação e a promover as pessoas internamente, com vista a contrariar esse movimento. Mas o responsável considera premente acelerar os processos.