Teresa Pereira
Este inverno, para além de irradiar uma estética com originalidade harmoniosa, vai simultaneamente ter um propósito na ética para o meio ambiente.
Vai ser essencial ter em consideração o crescente impacto psicológico e simbólico da cor e dos materiais, bem como o que eles significam.
Dominarão tons que podem acalmar ou energizar, ou até unir, devido ao estado ambíguo em que continuamos, e devido também à incerteza e à volatilidade relacionadas com as alterações climáticas, económicas e geopolítica.
A natureza, o misticismo, a nostalgia e as sensações de certeza são fundamentais para ponderar a ponte entre o passado e o futuro.
Esta estação reflete a necessidade de bem-estar e o desejo de voltar ao que é essencial, para caminhar em direções mais ecológicas e naturais, com o sentido de uma simplicidade sublime.
Verifica-se o interesse da mistura de referências de gerações e do património multicultural e de conceituar a cor para um bem maior, seja para uma sensação de terapia, de herança ou de celebração. A excentricidade multifacetada é retrabalhada com diferentes culturas e pela diversidade da expressão individual.
Um novo minimalismo, agora visto como uma forma de luxo, coexiste com uma extravagância inclusiva e multifacetada, criando uma estética rica e diversificada.
São retrabalhadas técnicas tradicionais com inovação e modernidade, para uma exploração sensorial e emocional, realçando a sensualidade dos materiais.
A cor, para a estação de inverno 25|26, vai ilustrar a nossa ligação à natureza, entre a opulência e a simplicidade, com tons que navegam entre a neutralidade e a vivacidade; a cor para realçar as transições entre tonalidades intensas e tons suaves, que encoraja a utilização de contrastes entre tons suaves e cores escuras.
Esses tons mais claros e mais escuros vão ilustrar o poder do contraste das influências estéticas.