02 fevereiro 23
Inovação

Maria Monteiro

Tecnologia está a moldar o futuro da indústria têxtil

Análise de dados, inteligência artificial, tecnologia virtual (com destaque para o 3D) são ferramentas tecnológicas que estão a revolucionar a forma como operam as empresas do sector têxtil. Perante esta revolução tecnológica, o sector, em constante adaptação, ‘espreita’ para a academia para saber o que se segue.

Vários exemplos são possíveis. Assim, na Universidade do Estado da Luisiana (LSU), está a ser criada roupa inteligente feita de fios termocrómicos que mudam de cor com base na temperatura corporal e que em breve serão capazes de dectetar febre em recém-nascidos. “Se a temperatura do recém-nascido for realmente alta, o gorro mudará para uma cor bege para que não tenhamos que necessariamente medir a temperatura com frequência ou usar outras tecnologias para monitorizar a temperatura”, refere em comunicado o Departamento de Têxteis, Design e Merchandising da LSU.

Por seu turno, a Universidade Tohoku, do Japão, desenvolveu uma fibra microeletrónica com parâmetros microscópicos capazes de analisar eletrólitos e metabólitos no suor e, por essa via, contribuir para diversos diagnósticos precoces igualmente na área da saúde.

Também a marca de roupa Fifty One Apparel, com sede em Londres, usa uma tecnologia financiada pela NASA chamada Outlast, que pode ajudar a aliviar os sintomas da menopausa.

Um traço comum a todas as investigações: estas tecnologias são fundamentais para dar corpo a soluções que permitem ao sector ultrapassar os desafios atuais, como a transformação digital dos processos e dos produtos, a sustentabilidade e a economia circular, a integração das cadeias de fornecimento, os novos modelos de negócio e os novos hábitos de consumo.

Partilhar