28 outubro 24
Eventos

Bebiana Rocha

Tajiservi Talks: um evento para contagiar

A Tajiservi organizou na passada sexta-feira (25), nas suas instalações em Vila das Aves, uma tarde de Talks onde se falou sobre o passaporte digital de produto, a ética como principio base para um negócio sustentável, os novos caminhos do sector, como prolongar a vida útil dos artigos, o que torna um produto premium e ainda felicidade no local de trabalho.

Júlia Petiz, rosto da empresa, sublinha que as Tajiservi Talks surgiram com o intuito de gerar união entre clientes e parceiros da indústria. “Acredito que se fizermos bem feito e tivermos visibilidade podemos contagiar. Acredito também que a única forma de conseguirmos ultrapassar algumas dificuldades, nomeadamente de escala, é criarmos parcerias”, disse ao T Jornal pós evento.

Nesta lógica, escolheu Carla Silva para falar dos desenvolvimentos conseguidos na implementação do DPP e sobre a nova legislação no âmbito do passaporte digital de produto. A representante do CITEVE mostrou na sua apresentação a aplicação que têm vindo a desenvolver, primeiro no âmbito do projeto STV Go Digital e agora, com continuação, no Be@t, servindo de guia para o que a fileira deve adotar no curto prazo.

Luís Cristino, cofundador da OMA, falou sobre a importância da ética nos negócios, para inspirar os gestores a fazerem o caminho da sustentabilidade mais por convicção e valores do que por uma questão de obrigação ou marketing verde. Focando nomeadamente na questão das certificações e também na escolha de matérias-primas, nomeadamente no algodão orgânico.

Já António Dinis Marques, fundador da To Be Green, dissertou sobre as opções que existem antes da reciclagem para prolongar a vida dos artigos, nomeadamente as reparações e o upcycling e mostrou de forma prática a aplicação da To Be Green, que permite a troca de roupa usada através de um sistema de pontos ou mesmo a sua doação em caso de necessidade.

A ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, através da diretora-geral Ana Paula Dinis, abordou os novos caminhos do sector. Do seu discurso sobressaiu a importância de se trabalhar na cultura interna da empresa, “que é o mais difícil de replicar”, a importância da indústria colaborar com as marcas e com outras empresas do sector, com o lema “juntos somos mais fortes”.

Elói Gonçalves Pardal mostrou a sua perspetiva do luxo, que neste momento está num contraciclo, que tem gerado quebras nas faturações das principais casas de moda. O Luxury Advisor apelou à raridade e autenticidade como fatores chave de sucesso, a par do storytelling. Proferiu ainda que se as empresas portuguesas querem entrar na cadeia destas marcas devem manter-se longe da contrafação e mostrarem-se fiáveis, assentes na qualidade, com um toque de artesanalidade.

Reinaldo Sousa Santos fechou a tarde com uma palestra sobre felicidade no trabalho, onde referiu que a felicidade não tem que ver com momentos, mas sim com realização: ” de ter colegas que gostam de nós, de fazer tarefas que têm impacto na empresa e sentir que ainda existe muito a ser feito”. Explorou também a ligação entre felicidade e comparação social e a confiança.

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