Bebiana Rocha
A têxtil-lar Lameirinho foi distinguida na passada semana pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) com o prémio Caixa ESG por cumprir os objetivos do desenvolvimento sustentável. Nas redes sociais, a empresa prestou um “sentido agradecimento pelo importante reconhecimento”.
A atribuição foi feita no passado dia 23 de fevereiro na Universidade de Évora. Numa mesa redonda que antecedeu a entrega José Miguel Coelho Lima, da administração, fez questão de vincar o carácter familiar da empresa, dizendo que a mesma já vai para a quarta geração e reforçou que a preocupação com a sustentabilidade não vem de agora.
“A Lameirinho foi a primeira empresa a entrar no Sistema Integrado de Poluição do Vale do Ave em 1998. Somos o sector mais globalizado pelo que todas as questões da sustentabilidade estão na nossa agenda, o relatório de sustentabilidade vai colocar ordem nestas questões e permitir a comparabilidade”, diz.
Durante a sua intervenção o administrador mencionou aquele que na sua visão é o maior desafio para o sector têxtil: a origem das matérias-primas. “Precisamos de uma fonte alternativa ao algodão, que não é produzido na Europa, neste momento vem maioritariamente da Ásia. O linho poderá ser uma hipótese, uma vez que é produzido na Europa, mas é ainda fiado na China. Temos muita motivação de encontrar a sustentabilidade de produto”, continuou.
Numa nota conclusiva, José Miguel Coelho Lima, apelou ao “bom senso do consumidor”, para que na hora de compra não priorize o preço. “Os saltos de qualidade têm um preço, custa dinheiro fazer investigação, para se chegar à circularidade é preciso saber como reutilizar”, diz.
Trata-se da primeira edição da iniciativa, que se divide em três categorias. O prémio abrange os mais diversos sectores de atividade e é independente do tamanho da empresa. “Esta premiação é o resultado da monitorização e acompanhamento da Caixa ao desempenho ESG (Environmental, Social e Governance) dos seus clientes, permitindo o apoio bancário efetivo para uma transição e melhoria do seu negócio permitindo ser mais responsável, inclusivo e sustentável”, informa o banco.