05 agosto 22
Empresas

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Suspensão de encomendas está a trazer de volta o lay-off

O momento é de arrefecimento, há cada vez mais clientes a atrasarem ou suspender encomendas e algumas empresas estão já a recorrer ao lay-off. O alerta é do Presidente da ATP, que pede o regresso de apoios e regras de flexibilidade idênticas às que foram adotadas no pico da pandemia.

Apesar de os indicadores das exportações apontarem ainda para um cenário aparentemente positivo, Mário Jorge Machado avisa que o momento atual é mesmo de “arrefecimento”, lembrando que “a faturação é sempre reflexo de decisões de encomendas entregues alguns meses antes”.

Citado pelo Expresso, o Presidente da ATP avança mesmo a informação de que “na indústria têxtil há cada vez mais clientes a atrasarem ou a suspenderem encomendas e já temos algumas empresas em lay-off ou a jogar com a antecipação de férias”. Por isso, chama a atenção do Governo para a necessidade do regresso de mais apoios, num regime equivalente ao que foi adotado no pico da pandemia.

“Temos os consumidores assustados com a guerra, a inflação, a questão energética, a subida das taxas de juro. O retalho começa a retrair-se e a indústria sente também esse impacto”, explicou, concluindo pela urgente necessidade de “um quadro mais flexível, que facilite a reação rápida das empresas às flutuações da economia”.

Embora as empresas mais afetadas sejam por enquanto as de acabamentos, tinturarias, tecelagem, tricotagem e algumas confeções, Mário Jorge Machado avisa que a tendência é transversal a todos os segmentos da ITV. Do lado dos clientes o abrandamento é especialmente sentido na Europa, com destaque para a Alemanha, mas também nos EUA.

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